Prova Diagnóstica 2018 será aplicada nos dias 25 e 26 de abril por meio de sistema criado para inovar a forma de pensar a educação na rede pública de ensino do Distrito Federal
Guilherme Marinho, Ascom/SEEDF
Nos dias 25 e 26 de abril será aplicada a Prova Diagnóstica dos ensinos fundamental e médio em todas as unidades da rede pública do Distrito Federal. O propósito da avaliação da Secretaria de Estado de Educação do DF (SEEDF) é obter informações que auxiliem a formulação constante de estratégias e ações pedagógicas e que contribuam para a efetiva aprendizagem dos estudantes. Para isso, um sistema inovador foi confeccionado, desde 2015, pelos servidores da pasta, para identificar e tratar necessidades específicas da realidade do ensino público do DF.
A novidade da Prova Diagnóstica 2018 é que se trata de um sistema totalmente desenvolvido pela Secretaria de Educação do DF. Segundo a coordenadora de Planejamento e Avaliação da SEEDF, Amanda Amano, a criação da plataforma, a elaboração das questões e a aplicação do teste são de total responsabilidade da pasta. “Contamos com recursos humanos da secretaria para a criação de um instrumento que sirva à própria casa”, explica.
O programa abre diversas possibilidades para o desenvolvimento educacional da rede pública de ensino do DF. Diferente de outras forma de avaliação, a prova não foi pensado para ter nota. “Em vez de dizer que tenho um estudante com média sete, eu consigo dizer que tenho um aluno que possui determinado conhecimento em matemática, mas com dificuldade com geometria plana. E isso leva a gente a entender que se o indivíduo não sabe geometria plana, ele não vai conseguir aprender geometria espacial, justamento, por não ter o básico” , constata Amanda.
Segundo o diretor de Avaliação da SEEDF, Cláudio Amorim, a avaliação não traz ranqueamento. “A gente trabalha com descritores. Na minha turma, se eu faço uma prova diagnóstica, não me interessa se o aluno tirou 10 ou 3. O que interessa é descrever quais as fragilidades e potencialidades daquele indivíduo ou daquela turma”, acentua. “Estamos dando os instrumentos para os professores poderem repensar a nossa prática. Se dou uma prova de geometria plana e a turma não vai bem, o professor consegue mudar a estratégia já para o dia seguinte”, completa.
Quando a pasta pensou a Prova Diagnostica do DF, a intenção era ter relatórios que possam subsidiar todos os níveis da educação, turma, escola, regional de ensino, e a secretaria. “Foi uma construção coletiva. Essa avaliação auxilia o professor dentro da sala de aula, auxilia o gestor pra ele repensar as estratégias político-pedagógicas dentro da escola, ajuda a regional a identificar as unidades com mais fragilidades, a colocar as escolas para conversarem. E ajuda a secretaria a olhar a rede como um todo, identificar os pontos frágeis e trabalhar, por exemplo, com a formação continuada dos professores de uma determinada área”, observa Amanda Amano.
Este ano haverá aumento no número de estudantes atingidos pela Prova Diagnóstica. No teste de 2017, feito em outubro, foi aferido o conhecimento de 89,656 estudantes dos 5º, 7º e 9º anos do ensino fundamental e do ensino médio integral. Agora, o atendimento atingirá 157.375 estudantes dos 2°, 3°, 4°,6° e 8° anos do ensino fundamental e de todas as séries do ensino médio de todas as unidades de ensino da rede pública do DF.
Outra inovação é a Prova Diagnóstica Online, onde o participante terá a oportunidade de fazer a avaliação pelo computador, nos laboratórios dos próprios centros de educação onde o estudante está matriculado. Além disso, a prova será ofertada em vídeo com explanação em libras para participantes surdos e orientações para os ledores que auxiliarão alunos cegos. Os estudantes especiais de classes regulares não estão excluídos do projeto e assim como os colegas de turma, eles também vão realizar a avaliação, que é uma das ações do Sistema Permanente de Avaliação do Distrito Federal (SIPAE/DF). O caderno de questões será composto por conteúdos de Matemática e Português.