O Distrito Federal alcançou o primeiro lugar entre os estados brasileiros na média do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2021. A pontuação é referente aos anos iniciais do ensino fundamental (5º ano) e do ensino médio, em língua portuguesa e matemática. Nos anos finais do ensino fundamental (9º ano), o DF ficou em terceiro lugar com os resultados da prova de português e na segunda colocação em matemática.
Os resultados foram divulgados em setembro, pelo Ministério da Educação. A aplicação da Saeb 2021 foi realizada no período em que os estudantes estavam nas aulas remotas na pandemia do novo coronavírus. Isso fez com que as escolas adotassem outras formas de ensino, aumentando então as possibilidades de aprendizagem a distância, o que contribuiu significativamente para a boa pontuação e aprovação na avaliação proposta.
A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou que alguns pontos fizeram a diferença para o índice do DF. “O primeiro deles é que o governador Ibaneis deu todas as ferramentas para que a Secretaria de Educação trabalhasse na pandemia com profissionais bem formados. Isso foi permitido graças aos cursos de aulas mediadas por tecnologia fornecidos pela Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape), que habilitou 77.035 professores em 2020”, explica Hélvia.
Desde então, a Eape tem oferecido cursos nas mais diversas áreas visando à recomposição das aprendizagens especialmente nas áreas de linguagem, matemática, alfabetização, leitura e escrita. O projeto Eape vai à Escola, por exemplo, já atendeu 19.171 professores entre os anos de 2021 e 2022.
“Quero enaltecer o trabalho hercúleo dos professores e gestores de escola porque se reinventaram, aprenderam a lidar com a área de tecnologia e passaram conhecimento para os seus alunos. O professor teve um papel preponderante para que o Distrito Federal tivesse hoje esse resultado“, ressaltou Hélvia.
Para garantir que o aluno tivesse acesso a aprendizagem, a secretaria desenvolveu atividades remotas para todas as etapas e modalidades da educação básica. Apresentou à comunidade escolar uma programação televisiva, em parceria com a TV Justiça, onde foram disponibilizadas aos estudantes 3 horas diárias de aula pautadas nos objetivos de aprendizagem do Currículo em Movimento, de acordo com as etapas e modalidades da Educação Básica. As transmissões ocorriam diariamente, das 9h às 12h.
Em junho de 2020, foi lançada a Plataforma Escola em Casa DF – Google Classroom, que apresentava diversas ferramentas para as aprendizagens, transformando as Unidades Escolares físicas em Unidades Escolares virtuais, com suas respectivas turmas sob gestão do corpo docente, em organização que espelha o ensino presencial.
Os planos pedagógicos foram desenvolvidos pelos professores e colocados em salas de aulas virtuais do aplicativo Escola em Casa DF. As aulas também podiam ser assistidas em lives no YouTube e por videoaulas pelo Google Meets. Além disso, as escolas disponibilizaram o material impresso, com o conteúdo e atividades para os estudantes que não tinham acesso à internet.
A Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal (SEEDF) ainda firmou contrato com as operadoras de telefonia para a contratação de serviço de internet móvel, na modalidade de dados patrocinados, para disponibilizar internet reversa, sem custo para o aluno. Além disso, o chip de internet foi incluído na lista de itens que poderiam ser adquiridos nas papelarias cadastradas pelo programa Cartão Material Escolar.
Ideb 2021
O Ministério da Educação também divulgou que o Distrito Federal é a segunda unidade de federação mais bem colocada no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para os anos iniciais do ensino fundamental. A pontuação do DF foi de 6,4 e ficou atrás apenas de Santa Catarina, com 6,5.
Ao observar somente o desempenho da rede pública do DF, é possível observar o crescimento no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2019 para 2021 para os anos finais do ensino fundamental de 4,6 para 4,9 e para o ensino médio de 4 para 4,5, se comparado com o resultado alcançado no ano de 2019.
Nos anos iniciais do ensino fundamental, houve uma queda no Ideb de 6,1 para 5,9, se comparado com o ano de 2019, o que já era esperado e verificado internamente pela SEEDF, que já atua para que o aluno recupere a aprendizagem.
“Como já tínhamos avaliado, já estamos atuando fortemente para que o aluno recupere as aprendizagens”, destacou a secretária de Educação.