João Gabriel Amador, Ascom/SEEDF
Dando continuidade às atividades da manhã, a II Virada Pedagógica manteve o clima de aprendizado entre professores durante a tarde desta quarta-feira (24/4). Competências socioemocionais, educação inclusiva e educação integral foram os focos das atividades desenvolvidas em Taguatinga.
O evento já começou animado. O grupo de capoeira adaptada do Centro de Ensino Especial 01 trouxe ao palco uma apresentação da modalidade. A subsecretaria de educação inclusiva e integral, Vera Lúcia Ribeiro de Barros, e o coordenador regional Juscelino Nunes de Carvalho também entraram na roda.
Após a diversão, Vera deu as boas-vindas aos presentes e ressaltou a importância da vivência na educação. “Somente juntos podemos desenvolver competências socioemocionais. Este trabalho interativo de hoje é apenas o primeiro de muitos. Queremos levar para toda Brasília nossas experiências exitosas”, afirmou.
A primeira convidada da tarde foi a professora e pesquisadora Raquel Soares de Santana, que atualmente trabalha na formação dos docentes na Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape). A palestrante abordou o atual Currículo em Movimento e a importância da inclusão de todos os estudantes.
Para a pesquisadora, o planejamento deve partir do cotidiano dos estudantes, dando voz a eles. “O ideal é trazer as situações do dia a dia, problematizá-las e deixarem que desenvolvam o aprendizado. Assim, colocam em prática competências como autonomia, conhecimento próprio, tomada de decisões, entre outros valores socioemocionais”, destacou Raquel.
O segundo convidado foi Fábio Veloso, especialista em coaching integral sistêmico, uma metodologia usada para aperfeiçoamento socioemocional. Após uma breve explicação sobre o método, Veloso aplicou um exercício de autoavaliação aos presentes, que puderam fazer uma análise das próprias competências emocionais, tanto individuais como coletivas.
As atividades foram finalizadas pela psicopedagoga Viviane Guimarães, diretora da organização não governamental Movimento Orgulho Autista do Brasil. A palestrante destacou as diferenças de aprendizados e como os docentes podem fazer a diferença no ensino, sobretudo para crianças com deficiência. “Esses estudantes exigem mudanças de planejamento. É preciso se colocar no lugar dos pais, mas também fazer com que a família se coloque no lugar do educador. Somente com essa união o ensino se torna realmente inclusivo. É preciso fazer com que os alunos queiram ser iguais a você”, apontou a especialista.
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