Juntas, elas têm um acervo de quase 100 mil livros; usuários somam mais de 4,5 mil pessoas. por mês
Gizella Rodrigues, Felipe de Noronha e Ícaro Henrique, Ascom/SEEDF
A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) está de portas abertas para a comunidade, mesmo para quem não é estudante da rede pública, pai de aluno ou membro da comunidade escolar. A SEEDF mantém oito bibliotecas escolares-comunitárias que, além de atender alunos da rede, podem ser usadas pelo público durante todo o dia e à noite em alguns casos.
Esta semana é a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca e não faltam motivos para os moradores do DF comemorarem: juntas, as bibliotecas escolares-comunitárias têm um acervo de quase 100 mil livros que podem ser consultados e emprestados aos usuários, mediante cadastro. Além de oferecerem uma vasta programação cultural, como exposições, saraus e chás literários.
Por mês, as bibliotecas recebem um público de mais de 4,5 mil pessoas. “As Bibliotecas Escolares-Comunitárias desempenham papel multifacetado na educação e no desenvolvimento das comunidades em que estão inseridas. São espaços de leitura e de socialização, aprendizagem e memória, que atuam como polo de difusão das políticas públicas do livro e da leitura, junto às demais bibliotecas das unidades escolares, primando pela preservação da produção intelectual, histórica e cultural de uma coletividade, estimulando o gosto e a prática da leitura e difundindo a informação, colaborando, assim, para a formação integral do ser humano“, diz Ana Karina Braga Isac, diretora de Serviços, Programas e Projetos Transversais da SEEDF.
“Assim, as Bibliotecas Escolares-Comunitárias oferecem uma multiplicidade de benefícios e desempenham funções importantes para o acesso à informação, pesquisa e aprendizagem, promoção da leitura, melhora no desempenho acadêmico e o enriquecimento cultural, inclusão e igualdade de acesso à educação“, completa. “O acesso é gratuito, favorecendo o desenvolvimento de competências digitais e o fomento à criatividade e à imaginação, tornando-se instâncias fundamentais para o progresso educacional e social do Distrito Federal“, ressalta a diretora.
As bibliotecas ficam em sete Coordenações Regionais de Ensino nas regiões administrativas de Brazlândia, Ceilândia, Guará, Planaltina, Sobradinho, Taguatinga e Plano Piloto, que tem duas bibliotecas. (Veja lista abaixo). Em Taguatinga, a Biblioteca Escolar-Comunitária Valéria Jardim funciona no mesmo lote do Centro Educacional (CED) 2 da cidade, em Taguatinga Sul. Ela está aberta para uso da comunidade desde 2018, acaba de passar por uma reforma e está com a estrutura novinha para atender aos usuários, das 7h às 22h.
“A comunidade de Taguatinga era carente de uma biblioteca com este perfil, uma vez que não há, por esta redondeza, uma biblioteca comunitária. Há uma procura por parte dos concurseiros de um espaço para estudo, a comunidade tem a necessidade de uma biblioteca multicultural, que possa implementar projetos culturais e de lazer. Temos um acervo de oito mil livros que atende não só as escolas de ensino básico, como também superior”, explica a diretora do espaço, Sandra Emília Barros de Sousa.
São livros infanto-juvenis, obras literárias para adultos, enciclopédias, atlas, dicionários, gramáticas, além de gibis, mangás, jornais e revistas. Além de eventos literários, encontros com autores locais e atividades com os alunos sob a orientação de um grupo de pesquisa d uma universidade particular.
A dona de casa Sandra Regina Raposo da Silva, aproveita o espaço enquanto espera o filho, de 9 anos, sair da aula de xadrez, que dura uma hora. “Antes de saber que estava aberto à comunidade eu ficava lá fora. Agora fico lendo. Eu gosto de romance, de livros de autoajuda. O espaço é bem diferente, vale a pena passar um tempo aqui”, diz.
A professora da Educação de Jovens e Adultos do CED 2, Nair Fonseca Tibães, frequenta a biblioteca Valéria Jardim no período noturno para estudar. Depois de conhecer o espaço, decidiu levar os alunos para usufruírem da biblioteca. “Levo muito eles para a biblioteca da escola, mas, como eles estão sendo alfabetizados, procuram por uma variedade maior de livros”, conta. “Aqui podemos ampliar o leque de livros que eles podem ler. Isso influencia no conhecimento deles”, completa.
Também é comunitária a Biblioteca Érico Veríssimo, em Brazlândia, que fica na quadra 2 do Setor Sul O local passou por uma manutenção geral ao longo dos últimos três anos, e foi entregue em junho deste ano. O acervo é de 7 mil livros em um espaço completamente adequado para os estudos, com acesso à internet. A Biblioteca Escolar-Comunitária Rui Barbosa, em Sobradinho, conta com um acervo diversificado com mais de 20 mil volumes, mas mantém uma atenção especial no atendimento às necessidades de estudo e pesquisa dos estudantes da Educação Básica. O espaço dispõe ainda da promoção da cultura local abrindo suas portas para que artistas da cidade exponham seus trabalhos para o público geral.
A Asa Sul tem dois espaços abertos ao público: a Biblioteca Infantil da 104 Sul, onde funciona o projeto “Escolinha de Criatividade” no qual os estudantes podem acessar uma vasta coleção de livros, jogos educativos e atividades interativas que incentivam o interesse pela leitura e ajudam no desenvolvimento de habilidades cognitivas e sociais, e a Biblioteca Escolar-Comunitária Professora Tatiana Eliza Nogueira, na 308 Sul, que oferece uma vasta programação cultural o ano inteiro, como o projeto Bebê que Lê.
“A Biblioteca Escolar e Comunitária da EQS 108/308 foi criada em 31 de outubro de 1969, sendo parte integrante da Unidade de Vizinhança, de acordo com a concepção urbanística de Lúcio Costa. Compõe o plano original da Unidade de Vizinhança juntamente com o Clube de Vizinhança, Igrejinha Nossa Senhora de Fátima e Escola Parque. O conceito vigente na época propunha que a biblioteca atendesse às escolas do quadrante, bem como aos demais estudantes da rede pública que a procurassem. Mas já em sua criação, veio a destinação de ser uma biblioteca escolar aberta à comunidade por ela estar situada numa quadra modelo, dando continuidade ao ideal de uma educação integral“, conta a professora da biblioteca Ana Neila Torquato.
O espaço, que atualmente funciona de segunda a quinta, das 8h às 22h e às sextas, das 8h às 18h, contém um acervo literário com mais de 7 mil obras literárias de gêneros distintos para todas as idades. O espaço conta ainda com um projeto de paisagismo interno criado pelo arquiteto paisagista Roberto Burle Marx. Qualquer pessoa da comunidade pode pegar um livro emprestado. a Biblioteca Infantil da 104 Sul é um espaço de leitura e aprendizagem destinado a crianças de todas as idades.
Biblioteca Escolar-Comunitária Érico Veríssimo
Setor Sul, área especial 3/4 A
Brazlândia
Funcionamento: Segunda a sexta-feira; turnos matutino/vespertino e noturno
@crebrazlandia
Biblioteca Escolar-Comunitária Cora Coralina
Escola Técnica de Ceilândia
Funcionamento: Segunda a sexta-feira, turnos matutino/vespertino e noturno
@cep.etc
Biblioteca Escolar-Comunitária Juscelino Kubistchek
EQ 17/19 Guará
Funcionamento: Segunda a sexta-feira, turnos matutino/vespertino
Biblioteca Escolar-Comunitária Monteiro Lobato
Setor Educacional, lotes C e D, Planaltina
Funcionamento: Segunda a sexta-feira, turnos matutino/vespertino e noturno
@bibliotecamlobatoplanaltina
Biblioteca Infantil 104/304 Sul
Funcionamento: Segunda a sexta-feira, turnos matutino/vespertino
@bibliotecainfantilsul
Biblioteca Escolar-Comunitária Professora Tatiana Eliza Nogueira
SQS 108/308 Sul
Funcionamento: segunda a quinta, das 8h às 22h e às sextas, das 8h às 18h
@biblioteca108.308s
Biblioteca Escolar-Comunitária Espaço Rui Barbosa
Quadra 4, Sobradinho
Funcionamento: Segunda a sexta-feira; turnos matutino/vespertino e
Biblioteca Escolar-Comunitária Valéria Jardim
QSA 24, Taguatinga Sul
Funcionamento: Segunda a sexta, 7h às 22h.
@bibvaleriajardim