Guilherme Marinho, Ascom/SEEDF
Na manhã desta quarta-feira (30), o secretário de Educação, Rafael Parente, recebeu equipes gestoras de todas as unidades escolares da rede pública de ensino do Distrito Federal. Cerca de 700 pessoas participaram do encontro no Cine Brasília. O evento faz parte das ações desenvolvidas para a Abertura do Ano Letivo 2019. Na oportunidade, foram apresentados os secretários executivos, subsecretários e coordenadores regionais de ensino da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF). Os participantes puderam conferir palestras feitas por convidados especiais.
Logo no início da reunião, a servidora da pasta e contadora de histórias Niedja Gennari, deu o tom da conversa. Ela apresentou um conto africano que mostra como a união e determinação de um povo pode transformar a realidade de uma comunidade. E a transformação social é uma das metas da educação.
Com o objetivo de potencializar ações educativas em todos os espaços e refletir a cerca dos saberes e fazeres, a SEEDF promove uma formação continuada que tem como compromisso traduzir a organização do trabalho pedagógico em um processo capaz de garantir aprendizagens significativas e consistentes para os estudantes. Além de, também, se utilizar de políticas públicas de inovação e modernização, com outras possibilidades de construção do conhecimento, considerando avanços tecnológicos e propostas pedagógicas desafiadoras. “Vamos mapear tudo de bom que já estamos fazendo. Buscar os melhores projetos, as melhores ações, as melhores políticas. Vamos reconhecer, dar visibilidade e fortalecer o que tem de bom na rede”, garante o titular da pasta, Rafael Parente.
“Nós temos uma mesma visão, uma educação pública de excelência para todos, crianças, jovens e adultos. Quem escolheu a educação, geralmente, é um idealista. É uma pessoa que acredita fazer a transformação social, uma transformação na vida das pessoas. Em um processo de formação humana, com objetivo de criar cidadãos que pensam de forma clara e autonomamente”, avalia o secretário de Educação do DF.
Durante o encontro, a professora Gina Vieira Pontes de Albuquerque, idealizadora do projeto Mulheres Inspiradoras, contou um pouco da sua experiência para os presentes. “Nós professores, precisamos ter um senso de realização no nosso trabalho para que a gente continue a trabalhar com brilho no olho, com vontade. Para que a gente saia de manhã para a escola e diga ‘hoje eu estou indo mais uma vez ajudar a fazer a revolução na história dessas crianças’. Muitas vezes, o jovem vira as costas para a escola porque ela vira as costas para ele. Nós temos insistido em um modelo educacional ultrapassado que, por vezes, tem dificuldade em gerar engajamento no jovem. Eu percebi que eu tinha que mudar. A gente tem que ter coragem, como rede, de olhar de maneira crítica para o que nós estamos fazendo”, pondera a educadora.
A educação que faz sentido para o estudante no século 21 também foi abordada nas palestras. “Fui vendo a potência que é quando a gente dá poder aos estudantes. Quando a gente os envolve em projetos que fazem sentido para eles e, mais ainda, quando fazem sentido para outros. Nessa experiência, a gente vê que o ensino da língua portuguesa de todos os componentes curriculares, história, geografia, ciências da natureza, e vão ganhando repercussão dentro deles. Isso vai se conectando com a vida. Ao mesmo que eles desenvolvam outras habilidades de comunicação, trabalho em grupo, resolver problemas, pensar criticamente, criar, ter iniciativa, planejar, executar e avaliar o que fizeram”, conta Anna Penido, diretora do Instituto Inspirare.
Outros pontos levantados pelos palestrantes foram a gestão participativa e potencializadora; a educação transformadora; e a ouvidoria como espaço de valorização.