Reforço no policiamento, saúde mental, esporte e apoio de conselheiros tutelares virão junto com ações pedagógicas
Tainá Morais, Ascom/SEEDF
Em reunião realizada na manhã desta sexta-feira (25), as secretarias de Educação, Saúde, Justiça e Cidadania, Segurança Pública e Juventude acertaram os últimos detalhes do Plano de Urgência pela Paz nas Escolas, a ser anunciado na segunda-feira. O objetivo do plano é encerrar as brigas entre estudantes da rede pública, como as ocorridas nos últimos dias.
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O encontro aconteceu no auditório da Secretaria de Educação e contou com a presença dos secretários Manoel Pafiadache (Saúde), Marcela Passamani (Justiça), Júlio Danilo (Segurança Pública) e Giselle Ferreira (Esportes), além da anfitriã, Hélvia Paranaguá, que estava acompanhada dos 14 coordenadores regionais de ensino e da equipe técnica da Subsecretaria de Educação Básica (Subeb). A Secretaria de Juventude enviou um representante. O comandante-geral da Polícia Militar do DF, coronel Márcio Vasconcelos, também compareceu.
Para a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, a união das secretarias será de extrema importância para o projeto. “Precisamos dessa integração para mostrar para a sociedade que o poder público vai responder à altura. O trabalho conjunto será fundamental para diminuir o índice de violência que estamos tendo nas escolas.”
Como primeira medida, foram levantadas quais escolas da rede pública tem potencial de violência entre os estudantes. Esse mapa foi formado a partir da indicação dos próprios diretores escolares. Ao todo, foram listadas 125 escolas em todas as regiões do DF. Estas receberão especial atenção e ação integrada: haverá intervenção pedagógica, de segurança, de saúde mental, de esporte, lazer e de amparo legal.
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (SSPDF), Júlio Danilo, propôs uma roda de conversa entre a SSP e os coordenadores regionais, onde irão debater o comportamento dos estudantes. “Isso pode nos ajudar a identificar quem está praticando crime e tirar de circulação. Para toda ação, há uma reação e consequência. Temos, então, que dar uma apertada quando há uma evolução, assim como está acontecendo”, explica.
Pandemia
Os secretários de Saúde, Manoel Pafiadache, e a de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, acreditam que os alunos e também professores possam estar apresentando “sequelas” após um confinamento de quase dois anos por causa da pandemia.
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“Está claro e notório, nesse caminho de volta [a normalidade depois da pandemia], que tivemos violação de direitos, com inúmeros registros de violência doméstica, abusos, feminicídios, entre outros. Portanto, a saúde mental é uma das pautas que temos trabalhado cada vez mais e assim daremos continuidade”, explica a secretária de Justiça, Marcela Passamani. Os conselheiros tutelares e psicólogos da secretaria darão suporte no plano.
Esporte no combate à violência
A prática esportiva é usada como meio de educação integral de crianças e jovens. Além disso, ela serve como instrumento de socialização, incentivo à cidadania e combate às desigualdades sociais.
Pensando nisso, a sugestão da secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira, é de poder realizar um projeto para que os alunos utilizem mais as vilas Olímpicas e as Paralímpicas. “Quanto mais esses alunos praticarem esporte, atividade física, estaremos trabalhando a saúde mental deles. Além disso, estaremos ajudando a segurança pública ocupando essas crianças e adolescentes com o esporte e lazer”, afirma.
A ideia é ampliar a oportunidade para os professores da rede pública. “Unir educação e esporte para que nossos docentes possam também espairecer, trabalhar a saúde mental e utilizar nosso espaço que é totalmente gratuito”, indicou a secretária.