O encontro aconteceu na segunda-feira (22) e teve como objetivo garantir a qualidade e a segurança alimentar nas escolas do DF
João Pedro Eliseu, Ascom/SEEDF
A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, em parceria com a empresa GeE, realizou na segunda-feira (22) a cerimônia de abertura do 1º Encontro de Formação e Atualização das Escolas da Rede Pública. Focado na segurança alimentar e nas boas práticas, o encontro reuniu merendeiras e merendeiras da rede pública para discutir a qualidade das refeições oferecidas aos estudantes. O evento contou com a participação do secretário executivo da SEEDF, Isaías Aparecido, da subsecretária de Apoio às Políticas Educacionais, Fernanda Mateus, do ex-MasterChef Vinícius Rossignoli e da pesquisadora em segurança alimentar, Suene Andrade Batista.
O destaque do evento foi a palestra ministrada pelo ex-participante do MasterChef, que compartilhou suas experiências e conhecimentos sobre a importância da segurança alimentar na cozinha. O chef enfatizou a necessidade de seguir rigorosamente os padrões de higiene e apresentou técnicas práticas para melhorar a qualidade e o sabor das refeições servidas nas escolas. Entre as dicas, ele destacou o uso do urucum, a inclusão de frutos do cerrado, a importância da crocância dos alimentos e o uso de água quente para fazer arroz, evitando que este gelatinize. Vinícius Rossignoli também sugeriu o uso do buriti como molho para carnes e ressaltou a importância de sempre refogar a cebola antes do alho para aprimorar o sabor dos pratos.
O encontro é uma das iniciativas de preparação para a realização do Sabor de Escola, um concurso realizado pela SEEDF que envolve as merendeiras de todas as Coordenações Regionais de Ensino (CREs). Um dos principais objetivos da competição é dar destaque a esses profissionais, promover uma alimentação saudável nas escolas e incentivar a criatividade das merendeiras da rede. “Sou merendeira com muito orgulho. Amo minha profissão, trabalhamos sempre com muito amor. O Sabor de Escola é muito importante porque mostra que sabemos oferecer um alimento de muita qualidade”, comentou a merendeira Leonice Marinho, que participou da última edição do concurso.
A pesquisadora Suene Andrade Batista ofereceu orientações específicas sobre a manipulação segura de alimentos. “Vocês são promotores de saúde“, afirmou, destacando o trabalho que vai além de cozinhar. Sua palestra abordou temas como a escolha de ingredientes frescos e nutritivos, a prevenção de contaminações e alergias alimentares, e a elaboração de cardápios equilibrados que atendam às necessidades nutricionais das crianças e adolescentes. Ela enfatizou a importância da segurança alimentar desde a produção até o consumidor final, conforme garantido pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A especialista também destacou que a segurança dos alimentos é responsabilidade de todos: autoridades nacionais, produtores, operadores empresariais, comunidade acadêmica, consumidores e, claro, dos próprios manipuladores de alimentos.
O evento também serviu para conscientizar os participantes sobre a importância da segurança alimentar para a saúde física e o desenvolvimento cognitivo e emocional dos alunos. A pesquisadora destacou que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a alimentação escolar incentiva a frequência dos alunos, reduz o peso financeiro da alimentação para as famílias e garante o direito à alimentação, especialmente para aqueles que não têm acesso a refeições adequadas em casa. Além disso, uma boa alimentação impacta diretamente o desempenho pedagógico dos alunos. Por outro lado, a contaminação dos alimentos pode impossibilitar esses benefícios, aumentando a possibilidade de desenvolvimento de doenças.
Para assegurar os benefícios de uma boa alimentação e minimizar qualquer risco de contaminação, a Secretaria de Educação considera fundamental realizar esse investimento na capacitação dos merendeiros, garantindo maior preparo para assegurar a segurança e a qualidade das refeições. Assim, contribui-se para a saúde e o bem-estar dos estudantes da rede pública e reconhece-se o papel essencial dessas profissionais na educação e saúde dos alunos.