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4/10/24 às 18h20 - Atualizado em 7/10/24 às 10h05

Saúde e Educação lançam ações contra dengue nas escolas

Estudantes vão atuar como multiplicadores no combate do Aedes aegypti

Por Bruno Grossi, Ascom/SEEDF, e Humberto Leite, Agência Saúde

 

Estudantes vão atuar como multiplicadores no combate do Aedes aegypti | Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF.

 

As Secretarias de Saúde (SES-DF) e de Educação do Distrito Federal (SEEDF) iniciaram nesta sexta-feira (4), no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 25 de Ceilândia, as ações preventivas contra a dengue nas escolas públicas. O objetivo é, antes mesmo do início do período chuvoso, conscientizar alunos e funcionários sobre como evitar a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

 

Para a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, a mobilização no ambiente escolar é fundamental. “Estamos em um lugar onde formamos cidadãos e multiplicadores. Vamos fazer isso nas quase 800 escolas do Distrito Federal“, garante.

 

Por meio de atividades didáticas e lúdicas, os estudantes recebem informações sobre os cuidados necessários. “O mais importante é ser uma ação preventiva. Desafiamos os alunos para que sejam os nossos fiscais“, acrescenta a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá.

 

O subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos, destaca que as crianças dessa faixa etária conseguem absorver a informação e repercutir com a família. “Elas levam para casa orientações verdadeiras, baseadas na ciência“, explica. A ação nas escolas é uma das estratégias previstas no plano de contingência às emergências em saúde pública por dengue, chikungunya e zika, para o período entre 2024 e 2025.

 

Participaram da ação a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá e o subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos | Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF.

Aprender e multiplicar

 

Por meio de palestras para os estudantes da rede pública, a ação pretende aumentar a conscientização da população sobre a eliminação de criadouros do mosquito transmissor da dengue. Para os estudantes, também foi promovida a atividade “Verdade ou Fake News”, conduzida por Laís Cardoso, da Gerência de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante (Gease) da SEEDF.

 

Laís contou como funciona o projeto “Com dengue não dá”, e falou sobre a previsão das ações da SEEDF a partir de agora. “Registramos 189 escolas inscritas no primeiro semestre, para receber as ações de prevenção. Na Educação Infantil, oferecemos teatro e músicas educativas para as crianças. Para o Ensino Fundamental e Médio, promovemos palestras ilustrativas. E os alunos levam essa informação para casa, agindo como multiplicadores no combate à dengue”, disse Laís.

 

No CEF 25, equipes de agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) apresentaram detalhes sobre a dengue. Houve ainda a distribuição de panfletos e de sacolas para a coleta de materiais que possam servir de criadouros às larvas do mosquito. Considerando que a maioria dos alunos está na faixa etária prevista para a vacinação contra a dengue, de 10 a 14 anos, o encontro serviu também para incentivar a imunização.

 

Equipes de agentes de Vigilância Ambiental em Saúde apresentaram detalhes sobre a dengue para os estudantes | Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF.

 

Depois das apresentações, foi promovida a “Expedição Lixo Zero”, em que agentes comunitários de saúde convidaram representantes da comunidade escolar para acompanhá-los na busca de locais com potenciais focos da dengue. A ideia é que essa ação de conscientização seja replicada também na vizinhança da escola, promovendo a prevenção da dengue no próximo período de chuvas.

 

A adesão às ações propostas foi grande. Aluna do 8º ano, a estudante Sarah Castro Alves, 13, fez um poema sobre a dengue. Ela conta que seu pai, diabético, ficou doente e isso a fez perceber a gravidade do problema. “O texto é a minha forma de expressar essa preocupação“, revela. Já a estudante do 6º ano Ketlin de Souza, 13, diz já estar engajada. “Conheço muita gente que teve dengue. Por isso, já tirei um pneu e alguns vasos que poderiam acumular água na minha casa“, assegura.

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