Todas as 65 unidades de ensino da região sofreram algum tipo de intervenção para receber os alunos em 2020
Hédio Ferreira Junior, Agência Brasília
A cozinha e o refeitório, construídos em 1962, eram o calcanhar de aquiles do centro de Ensino Fundamental (CEF) 11 de Taguatinga. O espaço de preparo dos alimentos servidos aos 875 alunos do sexto ao nono ano estava comprometido, sob risco de interdição. As aulas, em 2020, voltaram no dia 10 – e a realidade na cantina é outra. O piso danificado foi trocado, as paredes azulejadas, bancadas de granito foram instaladas e toda a estrutura hidráulica, que estava enferrujada, foi substituída.
As obras estruturantes e os reparos no CEF 11 se juntam aos das outras 64 unidades coordenadas pelo Conselho Regional de Ensino de Taguatinga. São reformas promovidas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) com recursos próprios, do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) e de verbas de emendas parlamentares. Além da cantina restaurada, a escola teve as paredes pintadas e ganhou uma quadra de esportes novinha, com mesas de jogos e de pingue-pongue.
Supervisora do CEF 11, Célia de Sousa Martins faz o que pode para tornar o ambiente mais confortável para os estudantes. É ela a responsável por cultivar um jardim de flores suspenso e espalhar plantas pelos corredores do prédio. Tudo para deixar a área de convivência mais agradável. “Quando o gestor quer, ele pode mudar a realidade dos alunos, começando pelo ambiente”, ensina.
A nova cantina do CEF 11 mudou o jeito de trabalhar das três cozinheiras, que, para servir às crianças no refeitório, sofriam com a janela velha e pesada que precisavam levantar – e que foi substituída por uma de material mais leve, embora resistente. “Me dá mais disposição; cozinho com outro astral”, conta Josemária Alves Santana, a Jô.
Em outro ponto de Taguatinga, a cozinheira da Escola Classe (EC) 27, Arlete Santana da Silva, também anda comemorando a obra no local em que trabalha. O espaço está sendo totalmente reestruturado. Essa é a primeira reforma pela qual a cantina passa desde que a escola foi inaugurada, em 1966.
Pequenos e desestruturados, a cantina e o depósito de alimentos nunca haviam sido adaptados desde que a EC 27 incorporou a EC 7. Por lá são 780 alunos da educação infantil ao ensino fundamental 1 (do primeiro ao quinto ano).
“Essa reforma vai melhorar 100% do nosso trabalho, já que o trabalho não para e a cozinha velha e apertada nos dificultava preparar os alimentos com agilidade”, afirma Arlete. A unidade de ensino também ganhou pintura nova nas paredes das salas e em parte do pátio.
O Centro de Ensino Médio Ave Branca (Cemab) recebeu pintura, vasos sanitários reformados, reparos em canos danificados, limpeza e capina de áreas verdes.
A sala de deficiência também foi reformada e as paredes ganharam novas cores e desenhos grafitados. “Tinham caído muitas árvores nas férias por causa das chuvas, e também conseguimos limpar”, conta a diretora, Suzane Margarida.
* Colaborou Jéssica Antunes