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17/05/19 às 17h02 - Atualizado em 6/10/22 às 18h57

Rede entra na campanha para pôr fim ao abuso sexual

Aldenora Moraes, Ascom/SEEDF

 

 

Foto: Luis Tavares, Ascom/SEEDF

A partir do relato ouvido em um salão de beleza, sobre um suposto abuso sexual contra uma criança de 9 anos, a professora de Língua Portuguesa,*Paula, buscou mais informações com a manicure que contava a história e denunciou a situação ao Disque 100, serviço nacional de denúncias.

 

“Após uma investigação, houve indícios, sim, de que a violência era praticada. Tanto que a menina passou a morar com a avó. Fico revoltada ao imaginar o que essa criança passou com o pai biológico, mas orgulhosa por ter feito algo para defendê-la”, comove-se.

 

Em uma escola em Taguatinga, o estudante do 3º ano,*Murilo, 17 anos, só descobriu que havia sido abusado sexualmente pela babá quando foi à terapia. “Eu não tinha noção do que havia acontecido, apenas quando cresci, pude reconhecer que se tratava de abuso. Já conversei sobre isso na escola e outros estudantes se abriram sobre situações semelhantes”, relata o aluno.

Dia nacional de combate ao abuso

Foto: Luis Tavares, Ascom/SEEDF

Os testemunhos são reais e diários nas escolas da Rede Distrital de Educação, que vêm se tornando, cada vez mais, um espaço de garantia dos direitos infanto juvenis, por meio de ações de prevenção e enfrentamento. Nesta semana aberta pelo Dia Nacional de Combate ao Abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, 18 de maio, as escolas públicas vão ter uma programação para debater o tema. Dezoito de maio recorda o bárbaro assassinato da menina Araceli Cabrera, 8 anos, em Vitória (ES).

 

As escolas da Rede Distrital de Educação também receberam orientações legais e sugestões pedagógicas para a promoção de ações sobre o tema. A Secretaria também oferece cursos por meio da Subsecretaria de Formação Continuada dos profissionais da educação. O curso de prevenção à violência sexual contra crianças e adolescentes, oferecido em parceria com outras pastas, teve sete edições.

 

→ Veja aqui as orientações para profissionais da educação quanto ao enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes 

 

O secretário de Educação, Rafael Parente, afirma que a SEEDF fará tudo o que estiver ao seu alcance para proteger as crianças e os jovens:

 

“É papel da Secretaria lutar pelo direito de ser criança, de brincar, de ter uma juventude e uma vida saudáveis. Pelo direito de ser ingênuo, infantil, lúdico e feliz.”

 

Júlio César Moronari, da Diretoria de Educação do Campo, Direitos Humanos e Diversidade da SEEDF, informa que o objetivo das ações no âmbito da SEEDF é subsidiar o trabalho docente e fomentar diálogos entre escola e família e estudantes:

 

“A escola deve ser um espaço de acolhimento por meio de uma escuta mais sensível e construindo uma relação de confiança entre os sujeitos da educação”.

 

Aldenora Macedo, da Gerência de Educação em Direitos Humanos e Diversidade, conclui:

 

“A escola é integrante da rede de proteção às crianças e adolescentes e se configura como uma ponte de acesso aos nossos direitos. Por isso buscamos instrumentalizar ações sobre abuso sexual, a partir de orientações legais que podem ser utilizadas em momentos de formação do corpo docente”.

Serviço

Denúncias podem ser feitas pelo Disque 100, todos os dias da semana, 24 horas por dia, inclusive nos fins de semana e feriados, gratuitamente e de forma anônima.

Programação da Rede

 

17/05 – Caminhada, às 9h, com a participação de oito escolas da Coordenação Regional de Ensino do Guará.

 

18/05 – Corrida Federal Kids Etapa Brasília, a partir das 14h, no Parque Ana Lídia, com a participação de estudantes da Escola Classe 16 de Ceilândia. A Ação Social conta com a parceria da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), além da Polícia Federal e do Exército Brasileiro. Haverá tendas de orientações sobre o Centro de Atendimento Integrado 18 de maio.

 

20/05 – Oficina sobre abuso sexual, no CAIC Prof. Walter José de Moura, em Taguatinga. Às 9h e às 14h.

Leia Também

Semana de Combate ao Abuso e à Exploração sexual de crianças e adolescentes

 

Metrópoles

Como proteger crianças de abusos sexuais

 

Correio Braziliense

Maior parte dos casos de violência sexual contra crianças ocorre na primeira infância, o que chama a atenção para a importância de prevenir e combater esse crime

 

Agência Brasil

Disque 100: denúncias de violação de direitos de crianças caem em 2018

Seminário Folha – Exploração sexual infantil

Faltam meios para fiscalizar a pornografia infantil na internet

 

RJ1

Juiz fala sobre a importância do combate ao abuso e a exploração sexual infantil

 

 

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