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24/09/24 às 18h33 - Atualizado em 24/09/24 às 18h36

Recanto das Emas realiza etapa regional do Circuito de Ciências

75 projetos das 42 escolas da Regional de Ensino do Recanto foram apresentados

Por Bruno Grossi, Ascom/SEEDF

 

Participação de projetos no Circuito de Ciências é crescente na Regional de Ensino do Recanto das Emas | Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF.

 

Chegou ao Recanto das Emas a 13ª edição do Circuito de Ciências da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), projeto que introduz os estudantes da rede pública na iniciação científica. Nesta terça-feira (24), 75 projetos de todas as 42 escolas da Regional de Ensino do Recanto foram apresentados. Os trabalhos seguem o tema “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais”.

 

O evento foi realizado no Centro de Ensino Médio (CEM) 111 do Recanto, e foram recebidos cerca de 1.500 estudantes visitantes de todas as escolas da Regional. Os melhores projetos apresentados em cada etapa regional participarão da etapa distrital, em novembro, quando a SEEDF fará a premiação final, em parceria com o SEBRAE.

 

Hélvia Paranaguá, secretária de Educação do DF, visitou os estandes do evento e conversou com alunos, professores e diretores presentes. “Estamos muito felizes com o circuito. A ampla participação de toda a comunidade escolar significa que o trabalho pedagógico está sendo muito bem executado nas escolas”, celebrou Hélvia.

 

O sucesso da etapa regional do Recanto das Emas do Circuito de Ciências é refletido em números, que mostram uma participação crescente de projetos. No ano passado, foram 52, ante os 75 de 2024. A proposta é que a educação seja estendida para fora dos muros das escolas, funcionando em um lugar diferente, junto às comunidades em que os alunos vivem.

Hélvia Paranaguá (branco) e Mariana Ayres comemoraram o sucesso da etapa regional do Circuito | Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF.

 

A coordenadora da Regional de Ensino do Recanto, Mariana Ayres, falou sobre a culminância do projeto na região. “O protagonismo estudantil começa desde o envolvimento dos estudantes na etapa local, que são as feiras de ciências nas escolas. A etapa regional é esperada por todos, e esse ano temos recorde de inscritos, um sucesso. A cada ano temos ampliado o número de projetos inscritos”, comemorou Mariana.

Projetos

 

A apresentação dos projetos dos alunos, orientados por professores de diferentes disciplinas, objetiva atender as demandas da própria comunidade. Dentro do tema “Biomas do Brasil”, as escolas promovem a exploração científica e a aprendizagem ativa, com atividades práticas que aplicam os conceitos científicos em situações reais.

 

O Circuito de Ciências do Recanto ocorreu nos três turnos, de forma a atender alunos também do noturno. No matutino e no vespertino foram selecionados 65 projetos, e no noturno outros 10 trabalhos, que vão desde a educação infantil até o ensino médio.

 

Essa diversidade de escolas se reflete também em uma variedade muito grande dos trabalhos expostos. A participação da educação infantil contou com oito trabalhos de diferentes escolas. Já o ensino fundamental II contou com 32 trabalhos, distribuídos entre todas as escolas que ofertam essa etapa no Recanto.

Ecologia

 

No projeto Ecorrenova, alunos do CED 203 do Recanto propuseram uma solução para o descarte irregular de entulho e restos de obras nas áreas verdes da cidade | Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF.

 

Vanessa Santos, professora de matemática do Centro Educacional (CED) 203 do Recanto, disse que o desenvolvimento dos alunos foi visível quando participaram da feira de ciências. O projeto “Ecorrenova – uma proposta de bloquetes ecológicos” decorreu da sensibilidade deles perceberem um problema que estava ao redor.

 

Os estudantes identificaram o descarte irregular de entulho e restos de obras nas áreas verdes da cidade. Diante disso, propuseram uma solução para o problema, que afeta o bioma Cerrado, onde vivem.

 

A reutilização de entulhos de construção para fazer os bloquetes de pavimentação foi a solução encontrada pelos estudantes. Desenvolvemos então um laboratório de teste de falha de ruptura dos materiais, até chegar na composição ideal”, contou a professora.

 

Harley da Silva, 17 anos, falou sobre sua participação no projeto. “No começo, foi bem complicado, mas, com a doação de uma madeireira, conseguimos fazer as formas dos bloquetes. Fizemos vários testes e erramos muito, mas no fim conseguimos a comprovação científica da força de ruptura ideal dos bloquetes”, comentou.

 

O estudante relembrou como surgiu a ideia. “Na nossa região a gente viu que havia muito entulho espalhado. O impacto de fazer os bloquetes e limpar a natureza é muito grande. Essa iniciativa pega esse entulho e transforma em algo que vai ser reutilizável, que vai ajudar as outras pessoas“, disse.

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