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23/09/19 às 8h28 - Atualizado em 6/10/22 às 18h57

Programa da SEEDF incentiva e difunde o esporte paralímpico

Atletas do CID Paralímpico conquistam vitórias no cenário esportivo do parabadminton

 

Da Redação, Ascom/SEEDF

 

 

Atletas e professores comemoram os excelentes resultados nas competições internacionais

 

Há 12 anos, quando ia para o trabalho, o atleta Marcelo Alves Conceição sofreu uma lesão na coluna, após um acidente em um ônibus do DF. O que parecia ser o fim de uma carreira como esportista tornou-se o início de uma história de sucesso no cenário esportivo, onde ele figura hoje como o número 1 no ranking brasileiro de parabadminton. Para a atleta Daniele Souza, o desafio de ser uma pessoa com necessidades especiais, surgiu aos 11 anos, em decorrência de uma infecção hospitalar, o que não a impediu de retornar medalhista nos Jogos Parapanamericanos de Lima, neste ano.

 

Egressos das escolas públicas do DF, ambos compõem a tríade de sucesso no parabadminton, juntamente com Rômulo Soares Júnior e são inspiração para os atletas que participam do Centro de Iniciação Desportiva (CID) Paralímpico de Taguatinga. Para o professor Létisson Samarone, pioneiro no esporte, no Brasil, os CIDs desenvolvem um papel fundamental na formação de novos talentos.

 

Há 19 anos lidando com pessoas com deficiência e esporte, Létisson viu muitos estudantes chegarem sem perspectiva de vida e se tornarem atletas de ponta. A professora Cláudia Dionice está no paralímpico há 15 anos e também rememora histórias de sucesso no esporte. “Nasci para ser professora e me descobri no paralímpico. Minha motivação é poder incluir a todos e ensinar que eles podem e que isso não se restringe à prática esportiva, mas à vida. Eles precisam ser acolhidos”, emociona-se.

 

 

Educação, Esporte e Inclusão: uma parceria de sucesso

 

Vitoriosos em Lima, Marcelo Alves Conceição e Daniele Souza participam em outubro do Internacional da Dinamarca de Parabadminton

 

Os CIDs paralimpícos oferecem gratuitamente atendimento educacional especializado em esporte adaptado. As vagas são preenchidas prioritariamente por estudantes da rede pública de ensino do DF, mas as vagas remanescentes são preenchidas por pessoas com deficiência da comunidade em geral. Os atletas podem praticar badminton, natação, tênis de mesa, atletismo ou bocha.

 

Para difundir o trabalho que é realizado nos CIDs, os professores visitam escolas em companhia dos atletas que participam do programa. “É inspirador, o esporte transforma os esportistas, eles desenvolvem a autonomia, têm outras experiências, viajam sem os familiares, não há espaço para autocomiseração ou baixa autoestima”, explica o professor Létisson.

 

Os resultados obtidos com os estudantes com necessidades especiais são perceptíveis na família e no ambiente escolar. “Estudantes com TDAH se tornam mais concentrados, crianças com transtorno do espectro autista relaxam durante as aulas de natação e o uso da raquete favorece a coordenação motora ao escrever”, aponta Létisson.

 

Os professores enfatizam a importância das parcerias com outras secretarias do Governo do Distrito Federal (GDF) e reiteram a importância do programa. “Para a maioria dos atletas paralímpicos, sem a existência do CID não há outro lugar para treino e atendimento. Os atletas adultos são inspiração para as crianças e adolescentes e despertam a admiração dos futuros talentos”, conclui Cláudia.

 

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