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17/04/19 às 17h02 - Atualizado em 6/10/22 às 18h57

Professores e estudantes contam o livro preferido na infância

Aldenora Moraes, Ascom/SEED

 

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Para o estudante Guilherme Henrique, 13 anos, que cursa o 7º ano, no Centro de Ensino Fundamental 09 de Taguatinga, tem livro que lembra chuva, tem livro que lembra cheiro. Da infância entre livros, como caçula de uma família. onde o pai é professor universitário e a mãe é jornalista, desde cedo desenvolveu o gosto pela leitura. Os livros da coleção Diário de um Banana, de Jeff Kinney, o fazem recordar de sua infância e das leituras em conjunto com o irmão. A saga que narra o cotidiano de um adolescente foi lançada em 2007.

 

Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF

Em sua escola, o estímulo à leitura é resultado de um projeto que disponibiliza gibis e outros gêneros aos estudantes. Segundo Denise Ribeiro, “a estratégia é deixá-los ao alcance dos estudantes para favorecer a leitura”, explica. Principalmente, durante o intervalo, “é comum ver os alunos lendo os gibis”, conta o estudante.

 

A leitura é uma condição para a cidadania e amplia horizontes e o conhecimento. Além disso, estabelecer o hábito, desde a infância, contribui para a perpetuação na vida adulta. Para Sônia Maria Soares dos Reis, da Gerência de Políticas de Leitura e Tecnologias Educacionais, “é fundamental promover a leitura e propiciar o acesso aos livros e a outros suportes textuais na infância”, destacou.

 

De acordo com a professora aposentada, Sabrina Gondim, a obra Por uma semente de paz, do escritor Ganymédes José, foi o mote para a realização de um projeto com seus alunos em uma escola na Ceilândia. “Minha professora Ana Cristina leu um capítulo deste livro, por dia, para a turma, quando eu estava na 4ª série. A protagonista era uma professora que lecionava na periferia e tinha que enfrentar os dilemas vivenciados pelos alunos. Foi inesquecível”, rememora. Desde então, desenvolveu o hábito da leitura e, às vezes, lê mais de um livro, ao mesmo tempo.

 

Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF

No Centro Educacional Gisno, a estratégia foi investir em uma reforma para revitalizar o acervo e atrair os estudantes. “A mudança deu nova vida ao espaço e os alunos têm contribuído com seus talentos para melhorar ainda mais. Alguns se prontificaram a pintar os balcões e uma das paredes da biblioteca”, comemorou o diretor Isley Batuíra.

 

A revolução dos bichos, de George Orwell é o livro preferido da professora Patrícia Lima, do Jardim de infância 603 do Recanto das Emas. A docente que frequentou por muitos anos as bibliotecas escolares relembra da trama envolvente e dos personagens atrativos. “A separação entre capitalismo e socialismo e o idealismo quanto à igualdade entre os homens marcou profundamente a minha infância”, afirmou.

 

Neste semestre, o Centro de Aperfeiçoamento dos profissionais de educação (EAPE) oferta, desde fevereiro, o curso literatura e educação: a formação do leitor na escola, destinado aos professores da rede pública. Além da formação e dos projetos de leitura desenvolvidos nas escolas públicas, a rede conta com oito bibliotecas escolares e comunitárias em Taguatinga, Sobradinho, Guará, Brazlândia, Ceilândia, Planaltina e Plano Piloto.

 

Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF

Segundo o professor de Matemática Ricardo José, do Centro de Ensino Fundamental 03 da Estrutural, cujo livro preferido homenageia o aniversariante do dia: Fábulas, de Monteiro Lobato, o apelo tecnológico tem, muitas vezes, vencido o embate entre os jogos digitais e os livros. “Mas, não precisa ser assim, suportes diferentes têm surgido e também contribuem para favorecer a leitura para a nova geração”, acredita.

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