Escola Classe 115 Norte desenvolve ação recheada de filosofia do patrono da educação
Íris Cruz, Ascom/SEEDF
“Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo. ” Pensamentos como esse marcaram o processo educacional do Brasil e fizeram de Paulo Freire o Patrono da Educação Brasileira, título oficializado pela Lei n º 12.612/2012.
Assim, no ano de seu centenário, seus ensinamentos inspiram e movem o trabalho de educadores da capital do país. Projeto desenvolvido na Escola Classe da 115 Norte é exemplo disso.
Lá, o trabalho de Cozinha Experimental é destaque. Implementado com consultoria voluntária do ateliê de gastronomia infantil Cozinha do MiniChef e com o apoio das famílias dos estudantes, o projeto começou em 2019. Dois anos e uma pandemia depois, em 2021, ano internacional das frutas, verduras e legumes, ganhou espaço ainda mais forte.
O envolvimento e empolgação das crianças vem sendo tamanho, que a escola decidiu adaptar o espaço para professores e alunos terem a vivência na cozinha de forma ainda mais divertida: com emenda parlamentar do deputado Leandro Grass (REDE), foi construída uma cozinha para as aulas de gastronomia.
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“A familiarização com o ambiente da cozinha é fundamental para o crescimento saudável das crianças, desde a formação dos hábitos alimentares à melhor convivência, sociabilização, sempre com respeito ao ritmo do outro. Na escola, ela é um espaço de descobertas e o lugar ideal para promover a consciência alimentar e nutricional dos jovens“, acrescenta Ana Inês.
A proposta lembra os ensinamentos de Paulo Freire, quando o estudioso afirma: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”
Como lembra a supervisora, Célia Guimarães, a importância educativa da Cozinha Experimental é que foi desenvolvida junto com a comunidade, a fim de desenvolver uma educação alimentar saudável. A partir de alimentos orgânicos, as crianças aprendem uma alimentação nutritiva e saborosa, sempre colocando a mão na massa.
“A prática das crianças cozinharem ou ajudarem no preparo dos alimentos acabam por incentivá-las a se alimentarem melhor. Isso porque as crianças descobrem ingredientes antes desconhecidos. Portanto, saber como as refeições são preparadas propicia a aprendizagem significativa que as faz saborear alimentos nunca comidos. Dessa maneira, elas aprendem a importância de cada alimento e de seu possível reaproveitamento”, argumenta Célia.