As unidades serão entregues ainda nesta gestão, contemplando um público de 2,4 mil alunos; desde 2011, não se construíam estabelecimentos de ensino naquela região
Lúcio Flávio, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto
Desde 2011 sem uma escola nova, a Região Administrativa do Itapoã vai ganhar três instituições de ensino até o fim desta gestão. As unidades deverão abrigar pelo menos 2,4 mil alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Ao todo, 120 profissionais da educação serão efetivados no quadro do Governo do Distrito Federal (GDF).
Duas dessas instituições, as escolas classe 502 e 401, estão sendo construídas no Itapoã Parque e as obras estão em estágio avançado. São estruturas de tirar o fôlego graças a uma parceria público privada entre o GDF e a construtora JC Gontijo. Atualmente, existem 46 escolas no Paranoá e no Itapoã, somando 28 mil alunos e 1,5 mil professores.
“Este ano, vamos encher de alunos aqui no Itapoã Parque”, garante o coordenador regional de ensino do Itapoã, Ranieri Falcão. “Os outros governos não se preocuparam com a construção de novas escolas, mas em alugar. De lá para cá, a demanda por vagas no Itapoã bombou.”
A terceira instituição está sendo construída no Condomínio Del Lago II, no Itapoã, com a previsão de ficar pronta no fim deste ano. Serão mais de 20 salas de aula distribuídas em três pavimentos, além de biblioteca, auditório, refeitório e quadra poliesportiva. As obras estão na fase de execução de estrutura, com pilares já erguidos e concretagem de última laje. A próxima fase será de alvenaria, ou seja, a de levantar paredes. Cerca de 20 homens trabalham no local. Fruto de convênio firmado entre Secretaria de Educação, Terracap e Novacap, o investimento na obra é de R$ 8,4 milhões.
Dona de um comércio próximo ao local em que Escola Classe 203 está sendo construída, Natália Lins, 35 anos, avalia como essencial o novo empreendimento do GDF na área da educação. “A cidade está crescendo e, à medida que ela cresce, é preciso construir equipamentos que possam atender à população”, observa. “Escola é fundamental, e espero que seja a primeira de muitas.”
Equipamentos
Com estrutura de cidade, o Itapoã Parque terá capacidade para abrigar 50 mil pessoas. Por isso a necessidade de equipamentos públicos para atender aos moradores do local, como postos de saúde e assistência social, e escolas. As obras estão em ritmo acelerado. O valor de cada uma das escolas em construção é de pouco mais de R$ 9,4 milhões – recursos originários da Caixa Econômica Federal.
O plano é levantar, na segunda etapa das obras, mais dois colégios, um deles o Centro de Ensino Infantil, que terá 800 vagas. “Nossa equipe está empenhada no trabalho das construções; o ritmo está bastante forte, não para”, comenta o engenheiro civil Wayner dos Santos Dutra. “São mais de 1,5 mil homens trabalhando para construir o condomínio, 10% deles destinados somente a levantar cada uma dessas escolas.”
A previsão de entrega da Escola Classe 502 do Itapoã Parque é para agosto deste ano. Nas amplas instalações do prédio de dois pavimentos, foram construídas 15 salas, além de auditório, laboratório e espaços de informática, estudo e biblioteca. Na área de lazer, os alunos vão contar com um teatro de arena e quadra de esporte coberta.
Estrutura
“Não vejo a hora de isso tudo ficar pronto e as escolas começarem a funcionar”, comenta a enfermeira Francisca Alves de Alencar, 32 anos, que pretende adquirir uma das 2 mil unidades do conjunto habitacional. “Já demos entrada na papelada e, pelo que fiquei sabendo, o lugar terá bastante estrutura. Pelo menos escola não vai faltar para os meus filhos.”
Com a mesma estrutura física da EC 502, a EC 401 se encontra na fase de execução de estrutura, com pilares levantados e os trabalhos de alvenaria e concretagem em execução. A etapa seguinte será a das instalações elétricas e hidráulicas. A expectativa é que essa segunda escola fique pronta em janeiro de 2023.
“Essas primeiras escolas do Itapoã Parque estão voltadas para alunos dos anos iniciais, com vagas destinadas para a regional de ensino do Itapoã e Paranoá”, reforça Ranieri Falcão. “Quanto às vagas dos anos finais, nós temos escolas no Paranoá para atender, inclusive disponibilizando transporte.”