Mais de 400 crianças vão estudar mais perto de casa, na cidade onde metade dos alunos usa transporte para ir à escola
Nathália Borgo, Ascom/SEEDF
Na retomada das aulas da rede pública, mais de 400 crianças da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, que moram na Estrutural e hoje tomam transporte escolar para irem à escola, vão começar a estudar perto de casa. Apesar da pandemia, a Secretaria de Educação vai entregar a EC 03 da Estrutural, um espaço adaptado e cedido pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) para abrigar a 684º escola da rede pública.
“A EC 3 cumpre o nosso plano de iniciar a substituição dos gastos com transporte em investimentos em escolas perto de casa”, afirma o secretário de Educação, João Pedro Ferraz, acrescentando que a entrega é positiva para comunidade, na medida em que também gera novas possibilidades para as famílias: “É mais confortável e seguro para as famílias ter seus filhos estudando na mesma região onde moram”.
Foram investidos R$ 1.520.905,88 no protótipo da Codhab. O prédio tem uma área total de 1.090,10 m² distribuídos em quatro andares. Esta semana, a Codhab vai dar início aos procedimentos de vistoria e obtenção de habite-se do prédio. A Caesb vai fazer a ligação do prédio com rede de água e esgoto do edifício e a Secretaria de Economia fará a distribuição do imóvel para a Secretaria de Educação, que será a gestora do espaço. Feito isso, a Secretaria vai solicitar a ligação da energia pela CEB.
A Estrutural conta com mais cinco unidades escolares, entre elas, EC 01, EC 02, CEF 02, CEF 03 e CED 01. Segundo dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) da Codeplan, de 2018, na RA XXV do DF, 72,2% das crianças entre quatro e cinco anos frequentam escolas.
A pesquisa também indica que 50.6% dos estudantes da Estrutural estão em escolas da própria região. De acordo com o Censo Escolar de 2019, 946 crianças estão matriculadas na Educação Infantil e 3.187 no Ensino Fundamental Anos Iniciais.
Inicialmente, havia o projeto para que o edifício fosse multifuncional e abrigasse várias áreas de governo, mas ao fim o GDF concluiu, após parecer da Secretaria de Educação, que o prédio não deveria misturar crianças em aula com os demais serviços da administração pública.