Da Agência Brasília,
Novo coordenador da Regional de Ensino de Ceilândia vai trabalhar com orientadores pedagógicos para reforçar o processo de aprendizagem de cada aluno
Professor de educação física concursado da Secretaria de Educação do DF há 24 anos, Marcos Antônio de Souza é o mais novo coordenador da Regional de Ensino de Ceilândia. Durante oito anos, lecionou para estudantes do ensino fundamental no Centro de Ensino nº 11, onde também assumiu a missão de orientador pedagógico e diretor. Em entrevista à Agência Brasília, ele fala um pouco sobre a experiência de assumir pela segunda vez consecutiva a coordenação da regional, que possui mais de 100 mil estudantes de todas as idades.
Qual a maior dificuldade da Regional de Ensino de Ceilândia?
Nossa cidade está entre as 30 maiores do Brasil. Temos mais de 100 mil alunos e uma diversidade de situações diferentes para enfrentar diariamente. Mas o nosso maior desafio é conseguir atingir as metas do Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] e todas as outras traçadas pela própria secretaria, conquistando um serviço público de educação de excelência.
Qual caminho será seguido para essa conquista?
Faremos um trabalho específico com os orientadores pedagógicos das escolas para fortalecer o aprendizado individual de cada aluno. Assim, vamos conquistar a qualidade tão sonhada por todos nós e, em consequência, vamos melhorar os índices. Acredito que isso reflita para além da vida do estudante. Aqui queremos construir uma sociedade melhor; é a missão de cada professor.
Ceilândia tem revelado alunos que se destacam com boas notas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e no PAS (Programa de Avaliação Seriada). Qual o segredo desse sucesso?
A dedicação dos professores, o envolvimento das escolas, das famílias e, claro, as parcerias construídas entre a regional, as escolas e as famílias. É um trabalho coletivo, que vem sempre buscando atender e amparar o aprendizado de nossos alunos. Destaco aqui, em especial, aquele atendimento dado às comunidades mais carentes, que têm muita dificuldade financeira, muitas vezes até para se alimentar. A realidade, em algumas das nossas escolas, ainda é muito difícil. Mas temos feito um trabalho coletivo com empenho de professores, muitas vezes até voluntários, que reforçam o processo de aprendizado desses alunos.
Teremos novidades nesta nova gestão à frente da Regional de Ensino de Ceilândia?
Nossa avaliação é muito positiva da gestão passada. O que foi feito até agora foi muito bom. Apesar de todas as dificuldades, falta de pessoal e infraestrutura nas escolas, nossos resultados estão aí e são positivos. Temos a alegria de ver alunos alcançar voos mais altos, passando em concursos públicos, destacando-se em vestibulares de universidades federais. Tudo isso é muito gratificante.