Aldenora Moraes, Ascom/SEEDF
Pupilas dilatadas, leve taquicardia, sudorese nas mãos, essas são as respostas fisiológicas descritas por alguns estudantes nos momentos que antecedem as oficinas de Cinema e Audiovisual. “Estou entusiasmado porque é uma proposta bem diferente. Cinema e fotografia são áreas que todo mundo tem vontade de conhecer, mas não tem apoio para correr atrás. Com a oficina é possível compreender que não é preciso o uso de uma câmera sofisticada, por exemplo, para produzir um curta”, explica o estudante Ruan Rodrigues, do 2º ano do Centro de Ensino Médio Escola Industrial de Taguatinga (Cemeit).
O estudante é um dos 80 estudantes de quatro escolas da Rede Distrital de Educação inscritos no Projeto Luz, Câmera, Ação parceria entre a Secretaria de Estado de Educação do DF (SEEDF) e a Secretaria de Cultura (Secult). A iniciativa promove gratuitamente oficinas de cinema e audiovisual ministradas por diretores de cinema a estudantes da rede pública de ensino do Guará e Taguatinga. O curso prevê 12 encontros e 48 horas/aula que podem despertar o gosto pela produção audiovisual como profissão.
Nas oficinas, os alunos são estimulados a produzir curtas-metragens com o uso do celular. Os filmes farão parte de um concurso cultural e a escola, cujo filme vencer a competição, receberá uma câmera filmadora semiprofissional e um desktop.
O diretor de cinema e roteirista Rodrigo Huagha, que possui pós-graduação em Produção Audiovisual, é um dos professores do projeto. Rodrigo produziu curtas e longas de ficção que foram selecionados para diversos festivais nacionais e internacionais, alguns com ampla repercussão.
A didática dos diretores selecionados é elogiada pela estudante Mariana Sarmento, do 2º ano do Centro Educacional 02 de Taguatinga. “Eles têm o maior cuidado para ensinar. É uma grande oportunidade e tudo o que aprendo ainda repasso aos meus filhos. Com o avanço da tecnologia não tem mais a desculpa de que não é possível criar produções audiovisuais, o celular é uma boa ferramenta, até mesmo os mais simples”, defende Mariana.
As oficinas contam, ainda, com três diretores/professores: Tiago Esmeraldo, Fáuston da Silva e Tiago Belotti. Além de diretoras convidadas como Andresa de Bessa, diretora de arte do curta Ocupação. Para Andresa, um dos pontos mais relevantes para os alunos é a “vivência prática do que é fazer exercícios de filme e fotografia utilizando o celular, que é um meio muito mais acessível”, destaca.
Para Rodrigo, as oficinas são relevantes porque os alunos “passam por todas as etapas de uma produção audiovisual , desde a ideia até a gravação e a exibição. E o que a gente está focando é utilizar uma ferramenta bastante potente que é o celular. Então você tem uma qualidade de registro com uma ferramenta que a gente usa no dia a dia. O foco das oficinas é esse: mostrar que até com o celular você pode criar produções audiovisuais de qualidade”, reitera o diretor.
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Serviço
As aulas serão ministradas até 7 de junho, sempre nas terças-feiras e quintas-feiras
Em Taguatinga: no Cemeit e CEE 01 de Taguatinga
No Guará: no CEM 01 GG do Guará I e Escola Técnica do Guará II