Em 2022, projeto da Emater para esse segmento atendeu 127 escolas públicas e creches do Distrito Federal
Agência Brasília* | Edição: Chico Neto
O Programa de Agricultura Urbana da Emater nas escolas públicas e creches conveniadas do DF tem garantido, com a instalação de hortas, alimento saudável, consciência ambiental e práticas pedagógicas lúdicas aos alunos. Em 2022, 127 instituições foram atendidas, impactando mais de 60 mil alunos em toda região. O Centro de Ensino Especial (CEE) 1 de Ceilândia e o Centro de Educação Infantil (CEI) 307 de Samambaia são alguns dos exemplos que têm dado certo pela capital.
Por meio do projeto Hortas Urbanas, a Emater entrega insumos (adubos e sementes) e ferramentas, oferecendo também orientações técnicas para implantação e manutenção dos espaços. Aliado ao projeto, a empresa também instalou em instituições de ensino 60 sistemas de captação de água das chuvas e placas fotovoltaicas para geração de energia solar.
“A natureza ensina muito”, afirma Sirlene Alves de Souza, uma entre os quatro professores de Ciências Naturais do CEE 1 de Ceilândia responsáveis por cuidar da horta agroecológica da instituição e pelas atividades pedagógicas no local. “A gente pega uma sementinha, tem todo um cuidado e essa semente se torna uma hortaliça frondosa, bonita. Tudo isso é muito gratificante.”
No espaço do CEE 1, é possível encontrar erva-cidreira, hortelã, capim-santo, boldo, vinagreira, tomate, manjericão, cebolinha, coentro, salsinha, acerola, pitanga e couve entre os itens produzidos e usados na alimentação da comunidade escolar. O excedente é vendido aos pais dos alunos e professores para incentivar o empreendedorismo como atividade pedagógica. Todas as atividades são desenvolvidas com auxílio e supervisão dos professores.
Da contemplação à colheita
As atividades pedagógicas vão da contemplação e observação do espaço até o plantio e manutenção das plantas. A escola tem 420 alunos matriculados, desde recém-nascidos até adultos com 60 anos. Todos eles possuem algum tipo de deficiência – intelectual, múltipla ou transtorno do espectro autista.
A vice-diretora da instituição, Daniela Vanessa da Silva, comemora: “A horta é um presente para os alunos que precisam de atividades sensoriais. Nossos alunos precisam sentir o cheiro das plantas, sentir a textura delas, o paladar. Além disso, é um ambiente para sair da sala de aula, o que permite a socialização.”
A horta do CEI 307 de Samambaia, por sua vez, foi criada em 2013 e é um dos pontos fortes da escola, que tem 347 alunos entre 4 e 5 anos. Segundo a diretora, Aurilene Lima, a horta já está totalmente inserida no projeto didático, a partir do qual são trabalhados conteúdos pedagógicos e temas relacionados à preservação do meio ambiente e sustentabilidade.
“As crianças estão envolvidas em todo o processo de cultivo, preparo do solo, manutenção e colheita das hortaliças e frutas”, conta Aurilene. “Elas pintaram os canteiros, pintaram as placas de identificação das espécies. Elas colhem e levam para casa. O excedente é colocado em carrinhos na frente da escola para os pais saberem o que estamos produzindo.”
Parceria
O presidente da Emater, Cleison Duval, reforça: “Mostrar de onde vêm os alimentos, como são cultivados e propagar uma alimentação saudável são alguns dos objetivos do projeto de agricultura urbana da empresa. Inclusive é uma forma de inserir esses produtos na alimentação das crianças, que estão em fase de formação. No que depender da gente, vamos continuar fazendo esse trabalho, que tem um enorme impacto na vida das crianças que vivenciam essas experiências.”
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O Programa de Agricultura Urbana da Emater atende unidades prisionais e socioassistenciais, postos de saúde, escolas, creches e entidades filantrópicas. Para ter acesso ao serviço, é necessário encaminhar ofício por meio do Sistema Eletrônico de Informação (SEI) do GDF, se for instituição pública, ou pelo e-mail geurb@emater.df.gov.br, para os outros casos. O interessado será atendido por ordem de serviço.
*Com informações da Emater