Fase do Circuito ocorre em todas as Coordenações Regionais de Ensino
Por Bruno Grossi, Ascom/SEEDF
O Circuito de Ciências é um espaço de aprendizado dinâmico que celebra a curiosidade e o potencial transformador da educação científica nas escolas públicas do DF | Foto: Bruno Grossi, Ascom/SEEDF.
Com o tema “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais”, a 13ª edição do Circuito de Ciências busca incentivar nos estudantes da rede pública do Distrito Federal o interesse pelas ciências. Na última quinta-feira (5), foi a vez do Gama realizar a sua etapa regional. O evento ocorreu na sede da Coordenação Regional de Ensino (CRE) e contou com a apresentação de 33 projetos criativos e inovadores, de autoria dos alunos, com a orientação dos professores. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, visitou o circuito no Gama e conheceu diversos projetos.
Durante a etapa regional, foram recebidos cerca de 1.200 visitantes de todas as escolas da Regional do Gama, entre alunos e comunidade local. Os melhores projetos apresentados participarão da etapa distrital. Um dos objetivos do Circuito de Ciências é transformar as escolas em ambientes que promovam a exploração científica e a aprendizagem ativa, com atividades práticas que aplicam os conceitos científicos em situações reais.
A coordenadora da Regional do Gama, Cássia Maria Marques, explicou que a etapa regional do circuito foi organizada ao longo de três meses, mas o tema foi trabalhado o ano todo, com a realização das feiras de ciências nas escolas. “Daqui vão sair cientistas, pois esse projeto leva aos estudantes uma intuição do que significa ser protagonista, ser agente social, participar de projetos que vão ser válidos para o futuro, para a qualidade de vida das pessoas”, disse.
A etapa regional da 13ª edição do Circuito de Ciências ocorre em todas as Regionais de Ensino, e depois vem a etapa Distrital, com a competição do melhor projeto do DF. A banca examinadora, composta por mestres e doutores que não têm vínculo com as escolas, indicam os projetos de cada uma das dez categorias, divididas entre as etapas e as modalidades de ensino ofertadas pela Secretaria de Educação do DF (SEEDF).
Neste ano, a regional do Gama expandiu de 23 para 33 os projetos participantes, de forma a abranger todas as etapas de ensino, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Thaiane Valessa, chefe da Unidade de Educação Básica (Unieb) da regional e uma das organizadoras da etapa regional, avalia que as feiras de ciências criam uma cultura de empoderamento e pertencimento aos alunos.
Esse ano, o evento foi realizado na sede da Coordenação Regional de Ensino do Gama e contou com a apresentação de 33 projetos criativos | Foto: Jotta Casttro, Ascom/SEEDF.
“Eles têm orgulho de apresentar a sua escola, a sua ideia, o seu grupo. Quando eles apresentam o trabalho deles, vemos que é fruto de uma construção. Esse ano temos a educação infantil aqui, anos iniciais, com a representatividade de todas as etapas de ensino. Os pequenininhos estão aí, o que é ótimo, pois já inicia uma educação precoce, e eles entendem que ciências não é coisa só para adultos”, celebra Thaiane.
O evento é um espaço de aprendizado dinâmico, que celebra a curiosidade e o potencial transformador da educação científica nas escolas públicas do Distrito Federal. Ao final da etapa regional, que acontece de 23 de agosto a 15 de setembro, cada CRE deve encaminhar os três melhores trabalhos por modalidade para participar da mostra distrital, a ser realizada em novembro.
Foto 3: A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, visitou o circuito no Gama e conheceu diversos projetos | Foto: Jotta Casttro, Ascom/SEEDF.
A estudante Mariana Alves Silva, 16 anos, do Centro Educacional (CED) 8 do Gama, falou sobre os projetos da escola. “Nossos projetos foram iniciados na química. Um é sobre a síntese do etanol. Mostramos como é a extração e a síntese do etanol a partir do caldo de cana. O outro é sobre a extração e o uso de essências de citronela no combate à dengue. Fomos visitar casas na vizinhança e vimos onde estavam os focos de dengue, e a citronela foi usada para espantar o Aedes aegypti, vetor da doença”, explicou.
Mariana conta que o circuito foi importante para promover o contato com as ciências, além de poderem promover projetos que visam melhorar a qualidade de vida da comunidade. “É muito importante porque a gente tem um contato com a ciência e vê ela na prática, nas nossas próprias vidas. Vimos que a gente pode fazer alguma coisa para ajudar a combater a dengue, por exemplo”, ressaltou.
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Outra participante do Circuito de Ciências foi Daniele Alves, 16 anos, que estuda no Centro de Ensino Médio Integrado do Gama (CEMI). “De certa forma, antes eu via a ciência como algo desinteressante, porque eu nunca tive realmente o interesse nem o acesso à ciência. Mas, fazendo esse trabalho, mesmo ele sendo meio cansativo, vi que pode ser algo bem interessante, porque ele prepara a gente para o futuro”, contou.
A estudante apresentou um projeto de prevenção ao câncer de mama e disse que as propostas interventivas são muito úteis, pois visam trazer soluções para a sociedade. “Acredito que as grandes revoluções ocorreram realmente quando foi feito algo novo, que é a proposta desses trabalhos científicos, inovar ou então aprimorar algo. Nós vamos fazer pesquisas que podem impactar a sociedade drasticamente e positivamente, pesquisando em áreas de alta relevância social”, concluiu Daniele.
