Professores das escolas-piloto participam de palestras e oficinas sobre a abordagem
Aldenora Moraes, Ascom/SEEDF
Da cartilha popular Caminho Suave ao uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs), a maneira como os estudantes aprendem têm evoluído diariamente. Para acompanhar os avanços e aprender acerca do Novo Ensino Médio, 80 professores da rede pública de ensino participam até terça-feira (19) do STEAM TechCamp DF, no Makerspace da Casa Thomas Jefferson.
A iniciativa reúne professores das cinco unidades escolares que vão implantar o Novo Ensino Médio em 2020. A programação contempla a abordagem STEAM, acrônimo em inglês para designar cinco áreas do conhecimento: Ciências, Tecnologia, Engenharia, Matemática e Arte.
Com a reorganização do ensino médio, o estudante tem um papel de protagonista no processo educacional e há uma ênfase no uso de metodologias ativas que possam unir o interesse dos jovens às necessidades pedagógicas. Nesse sentido, a abordagem contribui para esse novo cenário educacional.
Na visão do diretor do Ensino Médio da Secretaria de Estado de Educação do DF (SEEDF), Fernando Wirthmann, a formação, que é fruto de um edital submetido à Embaixada dos Estados Unidos, terá papel importante no novo modelo de ensino. “A STEAM capacita os professores a produzirem coletivamente unidades curriculares eletivas que serão ofertadas no Novo Ensino Médio”, destaca.
Para Gustavo Pugliese, doutorando da Universidade de São Paulo (USP) que investiga o estado da arte do Movimento STEAM, é importante que os professores estejam bem fundamentados. “Esta é uma oportunidade para eles conhecerem e se apropriarem a fim de terem um resultado mais propositivo”, salienta.
O entusiasmo de Gustavo é compartilhado pela professora Érika Matias, do Centro Educacional (CED) 04 de Sobradinho. “Esta formação é importante porque estamos sendo preparados para encarar o desafio que é a implantação do Novo Ensino Médio em 2020. Os alunos estão cada vez mais desafiadores e precisamos sair da nossa zona de conforto e trabalhar de outras maneiras”, enfatiza.
Além da palestra “Educação STEAM para o desenvolvimento de uma pedagógia do século XXI”, os professores vão participar de diversas oficinas que contemplam desde a pedagogia de projetos ao uso da ferramenta Scratch. Ao término do evento, os docentes terão duas semanas para construírem em suas próprias escolas, de maneira coletiva, as unidades eletivas.