Provas foram aplicadas a cerca de 3 mil estudantes do ensino médio e EJA de escolas públicas do Plano Piloto
Daiane Garcez, CRE do Plano Piloto
A hora é de testar os conhecimentos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Pensando nisso, nos dias 21 e 22 de outubro, cerca de 3 mil estudantes de ensino médio e do 3º segmento da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de unidades de ensino da Coordenação Regional de Ensino do Plano Piloto (CRE PP) puderam fazer um simulado. As provas foram aplicadas no horário da aula, com duração de 5h30.
A ideia partiu dos gestores das unidades de ensino e contou com o apoio da CRE PP da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que fez parcerias com a iniciativa privada e a Universidade de Brasília a fim de garantir a estrutura para a avaliação. “Os nossos jovens estão estudando há meses e precisam ter uma ideia do que já assimilaram e de quais conteúdos devem reforçar. Estamos na reta final, queremos que eles tenham os melhores resultados no Enem e o simulado vai ajudar nisso”, afirmou o coordenador da CRE PP, professor Álvaro Matos de Souza.
Tudo foi preparado para que o simulado ocorra nos mesmos moldes do Enem. A escola particular Único Educacional fez a impressão das provas e dos cartões de respostas bem como fará a leitura do gabarito. Posteriormente, cada estudante receberá de forma individualizada um boletim de rendimento apontando as principais dificuldades a serem sanadas. A equipe da CRE PP e as unidades de ensino receberão um mapeamento do desempenho geral dos participantes. Os melhores colocados no simulado ganharão bolsas de estudo para o curso preparatório do Único Educacional.
A correção das redações ficará sob a responsabilidade de professores da SEEDF que atuam no Ensino Médio e EJA, e estudantes do curso de Letras da UnB. Todos passaram por capacitação e seguirão os mesmos critérios e procedimentos adotados no Enem. “Isso é bom para os dois lados. É bom para o estudante da UnB que, por meio do treinamento, já conheceu as cinco competências que serão avaliadas no Enem e como é o trabalho de correção. E, dá aos estudantes da Secretaria de Educação a oportunidade de treinar as capacidades”, explicou Eloisa Nascimento Silva Pilati, da Coordenação de Integração das Licenciaturas da UnB.
O simulado é bem visto não só pelos participantes, mas também pelos diretores escolares. O professor Getúlio Souza Cruz, que está à frente do Centro de Ensino Médio Integrado (Cemi) do Cruzeiro esbanja entusiasmo em relação à iniciativa. “Os nossos alunos que são de escola pública têm necessidade de acesso às universidades. A nota do Enem reverte em bolsas e em outras possibilidades. Acho fundamental a existência desse processo”, avaliou.
O estudante Davi Rodrigues Vaz Barreto está focado em ter boa nota no exame e o simulado é tratado com seriedade. “A importância do Enem para nós do Ensino Médio é total. Ele abre os horizontes para entrarmos na faculdade. De acordo com o que a gente escolher, a gente consegue entrar na faculdade mais fácil. Tudo é possível se você estudar. Se você estudar vai ter uma nota merecedora para tirar uma nota boa e fazer o curso que escolher. Tem que fazer o Enem”, ressaltou o aluno do Cemi Cruzeiro.