As seletivas de atletismo, bocha e natação ocorreram no sábado (15), no CIEF da Asa Sul
Ícaro Henrique, Ascom/SEEDF
Começou a fase estadual das Paralimpíadas Escolares de 2025. Nas seletivas realizadas no último sábado (15), no Centro de Ensino Integrado de Educação Física (CIEF) e no Clube do Exército, 64 estudantes da rede pública e 15 de escolas particulares competiram nas modalidades de atletismo, bocha e natação. O evento é idealizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, com patrocínio das Loterias Caixa e do Governo Federal.
Os estudantes se preparam para a fase nacional dos jogos prevista para acontecer em novembro, em São Paulo. Uma alegria para o atleta Yan Khalil de Oliveira Marques, de 13 anos, da modalidade de atletismo, que finalizou o dia de competição com a medalha de ouro e está se preparando para a etapa nacional. A dona de casa Joana Bonfim de Oliveira, mãe do estudante, comemorou a conquista do filho.
“Estou feliz por mais essa etapa ao lado dele. O Yan adora praticar atividade física; no início, a gente encarava mais como algo para diversão, mas agora com essas medalhas que ele vem conquistando, percebo o quanto ele leva o esporte a sério. Fico muito orgulhosa!”, celebra Joana.
A mãe do estudante conta ainda sobre a trajetória esportiva do filho, que estuda no Ensino Fundamental na escola CAIC de São Sebastião.
“O Yan é uma criança com síndrome de Down; ele ingressou cedo no esporte. Aos 4 anos, eu o levava para fazer natação no Centro Olímpico da cidade, mas percebi que ele tinha medo da água e, aos poucos, foi demonstrando interesse pelo atletismo”, lembra Joana. “Hoje, me sinto muito feliz; ele quer fazer natação, salto em distância, atletismo e já está no terceiro ano dele na competição. Em 2024, fomos para a etapa nacional e ele conseguiu uma boa classificação. Este ano, vamos trazer a medalha de ouro; estou confiante”, finaliza.
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O estudante Thierry Freire de Medeiros, de 16 anos, do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 07 da Asa Norte, é um exemplo de superação. O atleta da modalidade de bocha convive com uma doença genética conhecida como calcificação cerebral, desde a infância.
“A doença causou paralisia e a descobrimos quando ele tinha três anos. Ele passou por duas cirurgias nas pernas e, nessa busca por algo que pudesse melhorar a vida dele, conheci, por indicação da fisioterapeuta, a bocha,” explica Mariana Rosania Freire, mãe do estudante.
O servidor público Manuel Freire Sobrinho, pai de Thierry, fala do orgulho que tem pelo filho. “Apesar de ser novo, pois ele começou a competir em dezembro do ano passado, ele só nos enche de orgulho. Ele ganhou medalha de prata em uma competição em Goiânia e, na competição de hoje, levou ouro. A família toda vibra; eu fico muito feliz em vê-lo passando para a etapa nacional”, explica Manuel.
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“O objetivo principal dos jogos é fazer com que os estudantes com deficiência possam participar cada vez mais desses eventos, porque a gente sabe do potencial da atividade física e do esporte para esse público. A inclusão através do esporte e a transformação que isso pode causar na vida deles é fantástica”, conta Wanderson.
A próxima etapa será a realização dos jogos escolares paradesportivos do Distrito Federal. Os atletas que se classificaram no atletismo, na bocha e na natação, alcançando o índice para as Paralimpíadas Escolares, têm agora o desafio de representar o Distrito Federal e a SEEDF em nível nacional. “O DF tem um histórico de bons resultados, mantendo-se entre as dez melhores unidades federativas nos jogos da Paralimpíada Escolar, e nosso objetivo é continuar nesse patamar”, completou o Chefe de Delegação.