Parte do grupo se prepara para estrear musical inspirado em filme da Disney
Ícaro Henrique, Ascom/SEEDF
Aulas de instrumentos musicais e canto, oficinas de artes plásticas, teatro e dança. Na Escola Parque Anísio Teixeira de Ceilândia, a arte ganha destaque todos os dias. De segunda a sexta-feira, os estudantes participam de atividades na busca do despertar artístico e criativo. Entre as oportunidades, as oficinas de dança atraem mais público. São mais de 300 alunos envolvidos no projeto e parte do grupo se prepara para apresentar um musical do filme O Rei Leão, da Disney. A apresentação será durante o 9º Festival da escola, que acontece em dezembro na escola.
O clássico O Rei Leão encantou o mundo nos anos 1990 e 2000 e ainda é um sucesso entre as gerações atuais. A história do filme será apresentada por meio da dança com trilhas sonoras que envolvem a trama.
Os alunos que compõem o elenco do musical foram divididos em grupos para interpretar os personagens. Ana Isaura, de 15 anos, é uma das integrantes e recebeu a tarefa de dar vida ao grupo de hienas com a canção de Hans Zimmer, personagem antagonista.
“Gostei muito da proposta, meu grupo ficou responsável por contar um trecho do filme onde as hienas entram na batalha com os leões. O legal é que a luta já é muito corporal então está sendo um desafio”, conta a estudante do 9º ano do Ensino Fundamental.
A aluna fala sobre sua relação com a dança e como a escola vem contribuindo para seu desenvolvimento. “Faço dança desde os 3 anos, sempre gostei da música em seus variados estilos como funk, sertanejo, contemporâneo. As oficinas permitem que a gente tenha liberdade de escolha”, conta. A aluna vai se apresentar pelo segundo ano consecutivo no festival de dança da escola e conta sobre o que pensa para a carreira.
“Participei ano passado do festival que abordou os ícones da música e agora está sendo bem diferente por ser um filme com vários personagens”, conta. “Eu não sei ainda se vou levar a dança para a minha vida profissional, mas tenho certeza que ela vai sempre estar presente na minha vida”, finaliza.
As oficinas de dança foram criadas no mesmo ano de inauguração da Escola Parque Anísio Teixeira, em 2014. Atualmente, mais de 300 alunos de todas as escolas públicas da cidade estão matriculados nas aulas que acontecem de segunda a sexta-feira das 7h30 às 11h30 ou 13h30 às 17h30, no contraturno das aulas dos alunos. Entre os estilos propostos, estão: a dança contemporânea, jazz-funk, hip-hop e outros estilos populares.
As oficinas são realizadas pela coordenadora Inaiá Campos e as professoras Lidiane Fernandes, Dalila Reis, Mariana Vasconcellos e Patrícia Fernandes. As aulas são destinadas aos estudantes que estão cursando a partir do 9º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio.
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❝Levar a educação através da dança, essa é minha missão. Queremos levar para os alunos autonomia, criatividade, autoestima e protagonismo Dança é muito mais que mexer o corpo ❞ Lidiane Fernandes Vieira, professora do projeto |
A professora Lidiane Fernandes Vieira atua no projeto desde o início e diz que o sucesso do projeto se dá pelo esforço e colaboração da comunidade escolar. A professora fala também sobre os benefícios e os principais objetivos das oficinas.
“Queremos levar para os alunos autonomia, criatividade, autoestima, protagonismo e, a partir disso, os estilos serão executados de acordo com o trabalho proposto. Quando trabalhamos com atividades de consciência do seu próprio corpo, independente do estilo, a gente coloca uma música que estimula e faz ele entender que a dança é muito mais que mexer o corpo, rebolar, fazer passos”, explica a professora.
O festival
Esse é o 9º Festival da Escola Parque Anísio Teixeira, que neste ano vai acontecer no dia 8 de dezembro na escola. O evento traz a culminância nas ações e propostas das oficinas de artes plásticas, dança, música e teatro, que integram o Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola.
O aluno Pedro Henrique dos Santos, de 17 anos, do 2º ano do Colégio Cívico-Militar Centro Educacional 07 de Ceilândia vai interpretar o irreverente javali Pumba. “Eu amei esse personagem que é, ao mesmo tempo, engraçado e extrovertido e tem um lado mais sentimental e inseguro. Então preciso representar isso em todas as formas desse personagem de uma forma bem divertida e imponente”, conta Pedro.
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Sensação de dever cumprido. Para a professora de Pedro não existe melhor definição para o projeto que vem sendo desempenhado pelos alunos. “Me sinto honrada em fazer parte dessa história porque é um sonho que a gente vê sendo realizado. Essa escola é formada por pessoas dedicadas e apaixonadas pelo que fazem. Nossos alunos vêm para as aulas porque eles querem porque também são apaixonados pela arte. Então pra mim, enquanto professora da SEEDF poder seguir com essa proposta pedagógica, passar o protagonismo e entender que eles estão indo e voltando para aulas é um privilégio. É cansativo, mas você ver o fruto do seu trabalho é gratificante demais”, finaliza Lidiane Fernandes.