Alunos do CED Pompílio Marques de Souza produzem ecobags com sacos de ração
Tainá Morais, Ascom/SEEDF
Estudantes do Centro Educacional (CED) Pompílio Marques de Souza, em Planaltina, colocam em prática as lições aprendidas em sala de aula e buscam encontrar o equilíbrio entre a exploração dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente por meio do projeto ‘Movimento Viva à Árvore’. Criado junto com o professor da unidade escolar, Eduardo Alves de Araújo, o projeto visa desenvolver ações sustentáveis. A primeira atividade do grupo, que conta com 15 alunos do Ensino Médio, foi produzir ecobags com sacos de ração para uso próprio e também para doação.
De acordo com o professor Eduardo, o movimento tem como objetivo sensibilizar, capacitar e treinar os estudantes em torno de práticas sustentáveis, além de abordar questões ligadas à preservação do meio ambiente e as estruturas comportamentais que refletem na produção e descarte de lixo reciclável.
Com apenas uma máquina de costura para a produção, a expectativa do docente é que o projeto se propague e ganhe extensão em outras instituições escolares. “A nossa grande dificuldade, atualmente, é a questão da máquina. Temos apenas uma que foi emprestada para nossa escola. Espero que a gente ganhe visibilidade porque a cultura da sustentabilidade precisa ser espalhada”, destaca.
Junto com o professor Eduardo Alves de Araújo, estudantes CED Pompílio Marques de Souza, em Planaltina, desenvolvem ações sustentáveis | Foto: Álvaro Henrique, Ascom/SEEDF
A ideia do projeto surgiu no segundo semestre deste ano, quando começou a valer a lei que veda a distribuição gratuita de sacolas plásticas nos mercados e outros estabelecimentos alimentícios. Para a aluna do 1º ano do Ensino Médio Anna Júlia, 16 anos, a proposta foi interessante, pois ela e a equipe poderão ajudar a população quando forem doar as sacolas produzidas. “Além de ajudar o meio ambiente, estaremos contribuindo com alguns moradores que não podem fazer a compra de sacolas todas as vezes que forem ao mercado, por exemplo”.
A aprendiz, que já teve a experiência de costurar durante a sua infância, ressalta ainda a importância de poder ajudar os outros colegas. “Quando eu era pequena, meu pai percebeu que eu tinha habilidade e vontade de costurar. Com a minha experiência, pude ajudar e ensinar o nosso grupo o básico da costura para fazermos o projeto fluir”, explica Anna.
Ainda de acordo com o professor Eduardo, além do projeto estimular o empreendedorismo, ele faz com que os alunos reflitam sobre os impactos das próprias ações no meio ambiente, aprendam sobre os processos de reciclagem na produção artesanal e também na venda da matéria bruta. Outras ações como o plantio de sementes em vasos por toda a escola também fazem parte do projeto.
Os alunos produzem ecobags com sacos de ração animal para uso próprio e para doação | Foto: Álvaro Henrique, Ascom/SEEDF
Todo alimento consumido com semente, dentro ou fora da escola, deve virar uma muda. “Fazemos todo o processo para plantação dentro e até mesmo na área externa da escola, para não desperdiçar e contribuir com o desenvolvimento da natureza. O lugar de semente é na terra e não no lixo”, afirma o docente.
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