Aldenora Moraes, Ascom/SEEDF
Comunidade Fulni-ô, liderados pelo cacique Walê, visitarão escolas da rede distrital de educação
O som do maracá ecoou pelo pátio da Escola Classe 04 do Cruzeiro nesta tarde (16), acompanhado pelas palmas compassadas dos estudantes e professores. O canto sagrado entoado pelo cacique era um agradecimento ao Grande Espírito. A experiência foi compartilhada pelos 190 estudantes que participaram do Projeto Valorizando o nosso Brasil desenvolvido pela unidade escolar.
“Para proporcionar uma vivência que demonstrasse a diversidade cultural de nosso país, a comunidade do projeto Curumins foi convidada para contar sua história e apresentar seus cantos e danças”, explicou a diretora Simone Alves.
Luíza Viana, 7 anos, estudante do 2º ano do ensino fundamental, aguardava ansiosa a apresentação. “Estudamos sobre muitas culturas e agora vamos ver pessoalmente um desses povos”, enfatizou. Para Max Iuri, 7 anos, aluno do 2º ano, o que mais chamava sua atenção era o artesanato feito pelos próprios indígenas.
Crianças e adultos conheceram as produções feitas com material encontrado na natureza, como bambu, espinho de porco do mato, coco babaçu, dentre outros. Os materiais foram utilizados para criar brincos, colares, anéis, instrumentos musicais como chocalhos e flautas, cocares, arcos e flechas que ficaram em exposição na escola.
O cacique Walê viaja com o projeto Curumins e destaca a importância do aluno conhecer diretamente outras formas de cultura para aprender a respeitar os povos e a própria natureza. “O aluno tira o índio do livro e resgata as raízes do Brasil”, afirmou.
Para a professora e pesquisadora, Daniele Lobato, vivências como as da EC 04 do Cruzeiro abordam de maneira lúdica a temática indígena. “Na revisão da 2ª edição do Currículo em Movimento, que norteia as escolas públicas, essa abordagem é prevista nos objetivos de aprendizagem e conteúdo da educação infantil ao 9º ano do ensino fundamental”, constata.
Os integrantes da aldeia Fulni-ô, de Pernambuco, já realizaram aproximadamente 1,2 mil apresentações em escolas públicas e particulares no DF, com a mediação do arte-educador Pablo Ravi. “A edição deste ano conta com uma novidade que é a divulgação de um documentário intitulado Curumins, de 16 minutos. Há 21 anos temos contribuído para a divulgação da cultura brasileira que é rica e diversa”, finalizou.
17/04 – 08h e 16h – Escola Classe São Sebastião
22/04 – 08h e 16h – CEF 05 do Guará
23/04 – Escola Classe 03 do Paranoá
24/04 – 08h e 16h – Centro de Ensino Médio 01 de São Sebastião
25/04 – 10h e 16h – Escola Classe 01 de Ceilândia
25/04 – 10h e 16h – Escola Classe 02 de Ceilândia
26/04 – 10h e 13h – Escola Classe 01 de Planaltina
26/04 – 08h30 e 16h – Escola Classe 02 de Planaltina