Projeto, apoiado pelo FAC, leva cultura para perto dos estudantes
Da Agência Brasília
A Caravana da Criança, projeto do Coletivo Educação pela Arte, encerrou o ano levando cultura para escolas da rede pública de ensino do DF. Este mês, o coletivo se apresentou em três escolas públicas: o Centro de Educação Infantil Águas Claras (Ceiac), a Escola Classe (EC) 2, no Guará, e na Escola Classe Colônia Agrícola Vicente Pires (EC CAVP), onde encerrou a agenda nesta segunda-feira (21).
Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC) da ordem de R$ 40 mil, o grupo de dez artistas realiza apresentações e oficinas para alunos do ensino fundamental.
O coletivo tem em sua proposta diferentes linguagens culturais como circo, artes cênicas, contação de história e música – esta última é o fio condutor do roteiro. A interatividade entre os artistas, os alunos e os educadores é outro atrativo. Este é o sexto ano de apresentações e, de acordo com integrantes do grupo, já são cerca de nove mil estudantes atendidos em cinco edições.
“Nosso objetivo é trazer uma outra visão, a artística, para se juntar à educação formal. Não atuamos como professores, viemos aqui trazer um complemento nesse processo educacional”, conta o idealizador da Caravana da Criança, Nelson Latif. “Queremos trazer a diversidade cultural e engrandecer a formação de cada um”, emenda o educador e músico Ismael Rattis.
Na tarde da última quinta-feira (17), o grupo esteve no Ceiac. Cerca de 300 crianças de 4 e 5 anos acompanharam uma divertida apresentação musical misturada com teatro de mamulengos. Além da personagem do fantoche e da contação de história, cada um dos músicos divertiu a criançada com máscaras de animais do cerrado: tatu-bola, lobo-guará, anta, etc. As canções: músicas regionais. Ao final, uma oficina de percussão foi ministrada para parte da garotada.
De acordo com a vice-diretora da escola, Cândida Amaral, esta imersão cultural é fundamental no desenvolvimento dos alunos. “Essa interação da cultura com a criança é fundamental, pois chega próximo do universo em que ela vive: a parte lúdica, a musicalização, as histórias”, explica. “E a caravana traz um pouco de tudo isso”, frisa.
A pequena Emanuela Sampaio, 6 anos, adorou a apresentação. “Foi muito legal. A gente aprendeu que tem que tratar bem os animais do cerrado. E que tem que dar comida e água pra eles”, disse. “Quando a gente sai da sala de aula e fica ao ar livre, nós adoramos”, complementou a garotinha.