Seis projetos venceram concurso do programa Maria da Penha Vai à Escola
Da Redação*, Ascom/SEEDF
Seis projetos de escolas da rede pública do DF foram premiados na 3ª edição do Concurso de Seleção de Práticas Inovadoras do programa Maria da Penha Vai à Escola, promovido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). O Centro de Ensino Médio Elefante Branco ficou em primeiro lugar com a prática “Retratos do Cotidiano: o Teatro do Oprimido e a Educação em Direitos Humanos”. Além disso, outras cinco escolas do DF foram premiadas.
As escolas foram premiadas com placas alusivas ao prêmio e os alunos e professores com aparelhos de celular, kindle, além de caixas surpresa contendo livros sobre a Lei Maria da Penha para compor o acervo das escolas. Os trabalhos escolhidos foram inscritos por servidores da rede de ensino da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que atuam diretamente nas escolas públicas o DF. A seleção foi coordenada pelo Comitê Gestor do Acordo de Cooperação Técnica do Programa Maria da Penha Vai à Escola (MPVE).
A solenidade de premiação dos vencedores foi realizada na manhã de segunda-feira (10) no auditório Ministro Sepúlveda Pertence e contou com a participação de autoridades, entre elas o 2º vice-presidente do TJDFT, desembargador Sérgio Rocha; do juiz auxiliar da 2ª Vice-Presidência, Gilmar Soriano; do presidente da Associação dos Magistrados do DF (Amagis/DF), Juiz Carlos Martins; e das juízas coordenadoras do Núcleo Judiciário da Mulher (NJM), Gislaine Campos Reis e Luciana Lopes Rocha, além de profissionais de educação e alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal.
A subsecretária de Educação Inclusiva e Integral da Secretaria de Educação do DF (SEEDF), Vera Barros, lembrou que é importante entender as mulheres não como coisas ou objetos, mas como seres humanos. Numa citação da obra Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire, afirmou que as relações de opressão desumanizam o próprio opressor. “No momento em que ele pratica violência, está desumanizado e desumanizando o outro”, exemplificou ela. “Defender uma educação libertadora significa buscar a própria humanização dos nossos homens. A tarefa humanizatória é para homens e mulheres e a educação libertadora terá o condão de, com o amor, fazer vencer o desamor, libertando homens e mulheres e humanizando todos nós.”
O concurso para seleção de boas práticas foi realizado pelo NJM, com patrocínio da Amagis/DF e do Sindjus/DF, no intuito de motivar profissionais da área da educação a disseminarem iniciativas relacionadas à temática, divulgar e dar visibilidade às práticas inovadoras que contribuam para prevenção e enfrentamento da violência de gênero nas escolas.
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Após os discursos das autoridades, alunos e representantes das escolas apresentaram as boas práticas premiadas:
➥ Em 1º lugar, Centro de Ensino Médio Elefante Branco ficou em primeiro lugar com a prática “Retratos do Cotidiano: o Teatro do Oprimido e a Educação em Direitos Humanos”;
➥ Em 2º lugar, o Centro Educacional 01 de Brasília, com a prática “Dia de visita dos alunos da primeira etapa do primeiro segmento da Educação de Jovens e Adultos – EJA nas prisões”;
➥ Em 3º lugar, o Centro Educacional 310 de Santa Maria, com a prática “Flores da Escola”;
➥ Em 4º lugar, a Escola Classe 62 de Ceilândia, com a prática “Quebrando Paradigmas e rompendo a cultura do Machismo”;
➥ Em 5º lugar, a Escola Cívico-Militar do Centro de Ensino Fundamental 507 de Samambaia, com a prática “Cultura de Paz na Escola – Combate à Violência contra a Mulher e Valorização de Meninas e Mulheres”;
➥ Em 6º lugar, o CAIC de Santa Maria, com a prática “Super Bate-Papos – Sala de Recursos de Altas Habilidades em Linguagens de Santa Maria”.
*Com informações da Ascom/TJDFT