Obras, realizadas com recursos de aproximadamente R$ 400 mil, foram feitas durante o período de férias escolares
Ary Filgueira, da Agência Brasília
As aulas nas 29 escolas do Recanto das Emas começam em 10 de fevereiro. Bem antes do início do ano letivo, porém, uma força-tarefa composta pela Coordenação Regional de Ensino (CRE), diretores, apoio administrativo e operários trabalhou incansavelmente para preparar o ambiente que receberá os alunos.
Enquanto a comunidade estudantil aproveitava as férias, foram trocados telhados, pisos de quadras poliesportivas e rede elétrica, durante uma ação que também reformou salas e cozinhas das unidades escolares. O GDF investiu aproximadamente R$ 400 mil em serviços estruturais nas escolas do Recanto das Emas.
A verba veio de duas fontes: o Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (Pdaf) e emendas parlamentares elaboradas pelos deputados distritais e pagas com recursos do GDF.
Muitos diretores usaram o contrato de manutenção para fazer reposição de equipamentos e pequenos reparos, o que aumenta a lista de escolas que, de uma forma ou outra, tiveram melhorias em sua estrutura durante as férias dos estudantes. O coordenador da Regional de Ensino do Recanto das Emas, Leandro Freire, destaca que essa forma de utilizar o recurso é menos burocrática.
Foi o que fez o diretor do Centro de Ensino Fundamental 101, Paulo Roberto Cruz. Ele usou o contrato de manutenção para trocar a caixa d´água e remontar parte da rede elétrica. A escola que dirige também foi uma das contempladas pela ampla reforma que o GDF vem promovendo na cidade. A biblioteca, que antes se resumia a 21 metros quadrados, agora aumentou consideravelmente e tem 64m2. “Agora, faltam livros para preencher tantos espaços”, brincou o diretor.
O Centro de Educação Infantil (CEI) da 304 recebe estudantes com necessidades especiais, além de alunos regulares. Lá é desenvolvida a chamada educação precoce. As aulas têm o reforço de um educador físico e outro pedagógico para ajudar esses alunos especiais.
A escola possui 27 salas. Vai da educação precoce ao segundo período – antigo jardim de infância. Por meio de recursos do Pdaf, foram reformados o parquinho e a cozinha, com verba de R$ 30 mil oriunda de uma emenda do presidente da Câmara, deputado Rafael Prudente.
A principal reforma dessa escola, porém, foi feita na quadra poliesportiva, que ganhará novo piso. Fazia 15 anos que o espaço não passava por melhorias. O custo da obra ficou em R$ 40 mil, obtidos com recursos da Secretaria de Educação (SEE). Para a diretora, Eneida Pessoa, a quadra foi um presente dado pelos professores aos alunos. “Nós cedemos o estacionamento dos nossos carros para ela”, conta.
As benfeitorias e o estado de conservação do colégio foram determinantes para que a dona de casa Luciana Araújo, 26 anos, matriculasse na unidade seu filho Lucas Ricardo Araújo, 4. “Eu estudei aqui quando criança e quero que meu filho siga meu caminho”, contou.
Outra escola que teve modificações na quadra poliesportiva foi o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 306, que oferece ensinamentos do primeiro ao quinto ano. A troca do piso, que custou R$ 70 mil, foi bancada por verbas do contrato de manutenção. Também as instalações da cozinha ganharam melhorias, que demandaram recursos de R$ 40 mil. “Agora temos muito espaço para acondicionar os alimentos”, comemora a diretora Bruna Magalhães.
O CEF 306 é um verdadeiro canteiro de obras. Além de pintura, os cem alunos de ensino integral terão uma sala maior para desenvolver suas atividades extracurriculares. O ex-deputado Wasny de Roure destinou R$ 30 mil para a obra.
As reformas e melhorias nas escolas do Recanto das Emas também alcançaram as unidades da zona rural. Construído em 1958, o Centro Educacional Myriam Ervilha fica a 17 km do Recanto e tem 1,8 mil alunos matriculados. Além da pintura, a escola ganhou nova cobertura da praça de esportes. O problema de alagamento foi resolvido com a instalação de canaletas de concreto, obra orçada em R$ 18 mil e executada por meio de recursos da SEE.
Outro problema de infiltração de água, no caso do telhado, também foi solucionado, com a troca das telhas de sete salas de aula que precisavam ser interditadas quando choviam. “Agora, pode chover à vontade”, comemora o diretor, José Aldias Serra. A obra foi concluída com um custo de R$ 35 mil, também oriundo de recursos da SEE.
Mesmo com tantas benfeitorias nas escolas de sua regional de ensino, o coordenador Leandro Freire disse que não vai parar por aí. Ele pretende anunciar novas reformas ao longo do ano. “Vamos deixar as unidades um belo lugar para os estudantes estudarem”, afirma.