Região administrativa possui 31 unidades de ensino. Pintura de salas de aula, pátios e fachadas, troca e reparo de telhados, reforma de quadras poliesportivas estão entre as melhorias executadas
Ary Filgueira, da Agência Brasília
Brazlândia possui 31 escolas públicas e a maioria está em boas condições. Para que as unidades alcançassem tal status, a Coordenação de Ensino da cidade aproveitou o período das férias e autorizou a execução de reformas de 15 colégios que apresentavam algum tipo de problema em sua estrutura.
As obras consistiram em pintura de salas de aula, pátios e fachada, troca e reparo de telhado, reforma de quadra poliesportiva e instalação de uma subestação para ampliar a capacidade de uma escola cujas salas, biblioteca e até o auditório são climatizados.
É o caso do Centro Educacional Incra 8, que possui ar-condicionado em praticamente todos os departamentos – salas de aula, dos professores, biblioteca, auditório. Para sustentar tamanha carga, foi preciso instalar o próprio gerador que vai alimentar a rede de energia da escola.
Depois que o equipamento foi instalado, a situação melhorou – ou melhor, refrescou. “Antes, tínhamos de fazer o revezamento entre as turmas pares e ímpares. Um grupo usava o ar num período e desligava para que as outras turmas utilizassem também. Agora, podemos ligar tudo”, lembra a diretora Solange Cunha, que está há 16 anos no colégio.
A escola dela iniciou o ano letivo com outras melhorias. O telhado sobre os dois blocos com oito salas recebeu nova estrutura de ferro para evitar infiltração da água da chuva. As goteiras prejudicavam até mesmo a biblioteca. “A madeira dilatava e favorecia a passagem da água”, explica Solange.
Para executar a obra da quadra poliesportiva, a diretora lançou mão de R$ 250 mil que a Secretaria de Educação (SEE) destinou. O espaço ganhou piso novo, alambrado e pintura. Tudo para motivar a prática de esportes aos alunos que estudam no CED Incra 8.
Um pouco distante dali, no Setor Veredas de Brazlândia, o Centro Educacional 2 dava os últimos retoques para completar a obra iniciada em dezembro de 2019. Não foram poucas as melhorias. A escola tinha um problema sério e de saúde pública: algumas salas tiveram de ser interditadas devido ao acúmulo de fezes de pombos, que entravam por frestas no telhado.
A sujeira tóxica só não atingiu todas as 25 salas porque, em muitas, as pequenas passagens foram fechadas com garrafas de refrigerante. Os vasilhames, aliás, já estavam ali havia dez anos. “Colocamos placas de ferro e agora esses pombos não entram mais”, garante o diretor da unidade de ensino, Evaldo Rodrigues.
O CED 2 recebeu uma pintura nova que cobriu com cores mais alegres salas, pátio e departamento dos professores. As redes elétrica e de esgoto também foram refeitas, pois apresentavam desgastes provocados pelo tempo e devido à falta de manutenção. O colégio ainda ganhou piso novo. A obra toda custou R$ 92 mil. O recurso veio de emenda do deputado distrital Iolando Almeida.
As benfeitorias foram elogiadas pela ex-aluna Nice Vieira, 39 anos, mãe do Edmundo Vieira, 13, recém-matriculado. “Na minha época, aqui se chamava Carandiru [alusão à extinta penitenciária de São Paulo], devido ao estado feio da escola. Agora está bem bonito, tanto é que vou matricular meu filho aqui”, disse ela, que mora em Águas Lindas (GO) e prefere percorrer a longa distância para levar o menino àquela escola.