A Escola Parque Anísio Teixeira oferece até vinte oficinas de arte e modalidades esportivas para mais de 2 mil alunos
Ícaro Henrique, Ascom/SEEDF
Protagonismo juvenil, responsabilidade e formação cidadã por meio da arte e do esporte. É isso que a Escola Parque Anísio Teixeira (EPAT) de Ceilândia se propõe a oferecer para mais de dois mil estudantes por meio de oficinas e atividades complementares. Os 2.400 alunos matriculados nas vinte oficinas e modalidades esportivas, ofertadas na escola no contraturno das aulas, ganham autoconhecimento e garantem que as atividades auxiliam na hora de escolher um caminho no mundo profissional.
Entre as oficinas oferecidas estão: música, canto, violino, guitarra, violão, teatro, dança, artes plásticas, tecnologia e cultura. E dentro da área de educação física, o aluno pode fazer diferentes modalidades como futsal, basquete, vôlei, muay thai, jiu-jitsu, ginástica rítmica, tênis de quadra, tênis de mesa, natação e xadrez.
As oficinas e modalidades esportivas são destinadas aos estudantes de escolas públicas que cursam do 6º ano do Ensino Fundamental aos anos finais do Ensino Médio, no contraturno escolar. Os alunos podem escolher até três modalidades para fazer a cada semestre e para ter a vaga garantida na escola precisam frequentar até 75% das aulas.
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❝O que faz a Escola Parque ser única é essa possibilidade que ela proporciona para o aluno dele poder se descobrir nas diversas atividades oferecidas ❞ Lucas Ernesto, estudante da EPAT
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Lucas Ernesto, 18 anos, concluiu o Ensino Médio no Centro de Ensino Médio Ave Branca (CEMAB), em Taguatinga, este ano. O estudante conheceu a EPAT por influência do pai e desde então participa das oficinas de teatro, canto e vôlei. “Conheci a escola por causa do meu pai que desde cedo sempre me incentivou a experimentar atividades que me deixassem mais distraído e que despertassem o meu lado criativo. Já fiz aula de guitarra, luta e foi a escola que despertou em mim o prazer pelo teatro e o canto”, conta o aluno.
Para Lucas, a EPAT foi um divisor de águas. Com a formação no Ensino Médio, ele vai precisar deixar a escola, mas não os sonhos de seguir a carreira artística. “O que faz a Escola Parque ser única é essa possibilidade que ela proporciona para o aluno dele poder se descobrir nas diversas atividades oferecidas. Eu me descobri no teatro e na música e sou muito grato por isso”, finaliza o aluno, que neste ano se apresentou com o coral da escola na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e Hospital de Base da Asa Sul.
As descobertas na escola são motivo de orgulho para o pai de Lucas, Valdeir Júnior, 40 anos. O empresário faz questão de participar da vida do filho mesmo morando em outro Estado e é o maior incentivador na vida artística do filho.
“O Lucas desde pequeno sempre foi muito ativo, gostava de filmes e adorava música. Quando descobri a Escola Parque não pensei duas vezes e apresentei para ele, que de prontidão topou se matricular. Hoje ele quer ir para fora do país, já fez alguns trabalhos fora da escola, recentemente foi pro Rio de Janeiro participar de um documentário. Eu só quero ser o maior incentivador dele”, conta Valdeir Júnior.
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❝O principal objetivo da Escola Parque é o autoconhecimento desse aluno, o protagonismo juvenil e a formação cidadã ❞ Neide Rodrigues, diretora da EPAT
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A EPAT foi criada em 2014 e fez parte da idealização de um sonho do educador e escritor brasileiro, Anísio Teixeira, que sonhava com a construção de uma escola dessa natureza fora da região central de Brasília. “O espaço estava fechado e quase foi vendido para a iniciativa privada, mas a comunidade se mobilizou e a Secretaria de Educação começou a desenvolver estudos para uso do espaço para educação pública”, relembra Neide Rodrigues de Souza, diretora da EPAT.
Inicialmente, a escola atenderia estudantes da Ceilândia, mas atualmente a unidade escolar recebe cerca de 2.400 alunos de outras Regionais de Ensino também, como Samambaia, Recanto das Emas, Brazlândia, Taguatinga, Plano Piloto e Guará.
Para a diretora da EPAT, o incentivo ao protagonismo juvenil feito pela escola já começa no processo de seleção das oficinas e modalidades. “O nosso aluno começa a sentir o peso da responsabilidade de escolha quando ele vem se matricular, porque ele tem que pegar um leque de 20 opções e escolher três oficinas. O principal objetivo da Escola Parque é o autoconhecimento desse aluno, e com essa escolha, ele tem a possibilidade de testar diferentes áreas ao mesmo tempo durante todo o semestre”, finaliza.
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“Minha irmã mais nova também estuda na EPAT, ela está cursando dança, artes e tecnologia e cultura. O melhor é que no ano que vem minha outra irmã também vai se matricular na escola, então eu estou muito feliz. A EPAT mudou a minha vida e espero que mude a das minhas irmãs também”, finaliza.
O estudante, que faz aulas de violão popular, canto e vôlei, se prepara para seguir a carreira profissional na música. “Me inscrevi na Escola de Música de Brasília porque pretendo ser professor de violão e futuramente pretendo ingressar na Universidade de Brasília (UnB) para me profissionalizar ainda mais”, conta. Já Nicolly Cardoso quer ser professora de canto erudito. “Eu quero muito ingressar na UnB e crescer profissionalmente na área da música. Esse é o meu maior sonho”, diz.
As matrículas na EPAT são realizadas por semestre, de forma presencial na escola. Entre os requisitos, os pais ou responsáveis pelos estudantes devem apresentar documento do menor, tais como: RG, CPF, Declaração Escolar. Para o ano letivo de 2024 as matrículas vão acontecer de 5 e 6 de fevereiro, de 8h às 16h, por ordem de chegada.