Com horta e cozinha experimental, estudantes acompanham o alimento do plantio à refeição
João Pedro Eliseu, ascom/SEEDF
A Escola Classe (EC) 15 de Ceilândia construiu uma horta que é espaço para o desenvolvimento de diversas atividades pedagógicas multidisciplinares. Foto: Mary Leal, Ascom /SEEDF.
Uma boa alimentação é determinante para um aprendizado de qualidade. Especialmente em escolas que ofertam a educação integral, as refeições são protagonistas no dia a dia dos estudantes e, além de garantir saciedade e nutrição, também proporcionam momentos de diversão e socialização.
Buscando aliar boa alimentação e aprendizado, a Escola Classe (EC) 15 de Ceilândia construiu uma horta que é espaço para o desenvolvimento de diversas atividades pedagógicas multidisciplinares. Além disso, a escola também desenvolve o projeto de cozinha experimental com as crianças, no qual os professores realizam a preparação de diversas receitas juntamente com os estudantes, muitas vezes utilizando alimentos colhidos na própria horta da escola.
Além de aprender a executar as receitas, os estudantes aprendem sobre as propriedades dos alimentos na cozinha experimental. Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF
Do plantio à refeição, a EC 15 transformou a alimentação saudável numa experiência ainda mais rica e saborosa de ser vivenciada. “A gente planta a sementinha e observa seu desenvolvimento. Será que amanhã ela já terá folhinhas? Ou talvez em uma semana? Com essa experiência, trabalhamos as medidas de tempo e oferecemos uma oportunidade para as crianças experimentarem novos sabores na cozinha experimental. Muitas delas têm dificuldades em provar alimentos diferentes, como é o caso dos nossos alunos autistas, e essa vivência ajuda a trabalhar essas barreiras“, destaca Euzimar Soares, professora da escola.
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Ela também destaca que ações como essas são importantes já que os alunos levam o conhecimento da experiência também para seus familiares. “Ao vivenciar esses momentos na escola, elas também levam essa experiência para casa, compartilhando com suas famílias e enriquecendo a alimentação do dia a dia.” destaca.
A horta também se tornou um meio de estímulo científico para alguns estudantes, que desenvolveram projetos para o Circuito de Ciências, tendo garantido os 5 primeiros lugares na última edição da etapa regional. “Nosso projeto foi focado no milho, pois ele é rico em diversas vitaminas, como as do complexo A e E, além de conter vários minerais importantes. Decidimos destacar o milho por sua versatilidade na dieta; ele pode ser utilizado de várias maneiras, como em pipoca, cozido ou em saladas. Preparamos um bolo de milho e até uma pasta temperada para acompanhar frango, peixe, carne e arroz”, destacou Sofia, estudante da EC 15.
O carinho à natureza e a responsabilidade ambiental são sentimentos estimulados e encorajados pelo projeto. Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF.
A Diretora da Escola, Mariângela Rolim, defende que ações como essa são fundamentais para aproximar as crianças da escola no ensino integral. “Todas as turmas, uma vez por semana, têm aula na horta porque isso agrega muito valor no dia que o aluno passa. A gente tem que tirar ele da sala, eles passam o dia inteiro aqui. Por isso, toda semana, temos uma aula de horta e uma de cozinha experimental”, argumenta a diretora.
Juntos, a horta e a cozinha experimental representam uma nova perspectiva sobre a educação integral, aliando o pedagógico com o lúdico. Além de proporcionar aprendizado sobre nutrição e ciências, esses projetos incentivam a criatividade e o trabalho em equipe, promovendo um ambiente escolar mais dinâmico e acolhedor. As atividades na horta e na cozinha não só ensinam sobre a importância de uma alimentação saudável, mas também cultivam valores como responsabilidade e respeito pela natureza.
