Estudante da Secretaria de Educação ganha bolsa em universidade da Espanha por meio do projeto Escolas Interculturais Bilíngues
Íris Cruz, Ascom/SEEDF
A vontade de voar pelo mundo para estudar e conhecer novas culturas carrega uma bagagem de sonhos. É assim com Daniel Arruda Ulisses da Silva Sousa, de 18 anos. Ele se formou no Centro de Ensino Médio 3 de Taguatinga no ciclo letivo de 2020 e, em 2021, arruma as malas para estudar engenharia civil na Universidad de Jaén, da Espanha.
O primeiro passo para a realização desse sonho foi o suporte do projeto Escolas Interculturais Bilíngues, da Secretaria de Educação.
“Sempre tive vontade de estudar no exterior, porém nunca pensei que conseguiria realizar esse sonho tão cedo. O projeto Escolas Interculturais Bilíngues me ajudou por meio de atividades voltadas para o desempenho dos estudantes e com a oportunidade de intercâmbios culturais”, conta Daniel.
Em parceria com a embaixada da Espanha, o Centro de Ensino Médio 3 de Taguatinga conseguiu uma bolsa para o estudante que foi escolhido pelo destaque no desempenho das aulas do projeto bilíngue.
“O apoio desse projeto foi fundamental na minha educação, pois muitos dos meus professores sempre me aconselharam a pensar fora da caixinha e a procurar algo maior. Foi por meio disso que eu tomei minhas decisões de lutar por algo maior, agradeço muito”, destaca o estudante.
Daniel ainda acrescenta: “Esse projeto é algo fantástico e estou tendo a oportunidade de ser o primeiro estudante do CEM 3 a participar de algo assim. Quero que seja ampliado para outros estudantes terem a mesma chance.”
Caminhos da educação
Escola Interculturais Bilíngues começou em 2019 e, atualmente, funciona em três escolas do Distrito Federal. Assim como o Centro de Ensino Médio 3 de Taguatinga tem parceria com a embaixada da Espanha, o Centro Educacional do Lago Norte tem parceria com a Embaixada da França e o Centro Educacional do Lago Sul tem parceria com a Casa Thomas Jefferson.
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A atuação é durante o turno e contraturno dos estudantes com aulas de línguas estrangeiras. Durante o período de distanciamento social imposto pela pandemia do covid-19, as atividades seguiram remotas e por meio de material impresso.
David Nogueira, idealizador das atividades e, hoje, gerente de Educação Ambiental, Patrimonial, Língua Estrangeira e Arte-Educação, conta que desde a implementação as escolas têm mostrado um resultado gratificante e de grande amadurecimento.
“O projeto é muito importante porque abre uma oportunidade para estudantes de escolas públicas em ter um aprendizado eficaz de uma segunda língua, propiciando a estes estudantes um grande número de oportunidades de aprendizagens e posteriormente, de empregos”, conta.
Os professores são todos da Secretaria de Educação e recebem preparação das embaixadas da Espanha, da França e da Casa Thomas Jefferson.
Ajuda de todos
Orgulhoso da conquista de Daniel, o diretor do CEM 3 de Taguatinga, Antônio de Lélis, conta que quando a educação abre portas para diferentes visões de mundo, os benefícios são coletivos.
“Daniel sempre foi muito dedicado aos estudos. Sempre presente, responsável, questionador e participativo. A cada atividade ele demonstrava que estava aproveitando o tempo na escola para garantir um bom futuro profissional. As vitórias e conquistas dele na construção de um futuro promissor é a vitória e alegria de cada um de nós”, conta o diretor.
As aulas de Daniel começam no dia 9 de setembro e até o próximo mês o estudante conta com a ajuda por meio de vaquinha on-line. A meta é alcançar R$ 10 mil para arcar com as despesas iniciais da nova etapa.