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11/12/19 às 15h09 - Atualizado em 6/10/22 às 18h54

Educação Musical é estimulada nas escolas integrais

Parceria com o MEC possibilitou os recursos para adquirir cerca de mil instrumentos musicais

 

Aldenora Moraes, Ascom/SEEDF

 

Estudantes comemoram o recebimento de novos instrumentos musicais. Foto: Luiz Tavares, Ascom/SEEDF

 

As vozes juvenis dos estudantes do Centro de Ensino Médio Escola Industrial de Taguatinga (CEMEIT) irromperam na sala de música nesta quarta-feira (11) para celebrar o recebimento de 80 instrumentos musicais adquiridos com recursos do Ministério da Educação (MEC). A unidade escolar é uma das onze escolas de ensino médio em tempo integral (EMTI) beneficiadas com aproximadamente mil instrumentos musicais e estantes para partitura.

 

No DF, cerca de quatro mil estudantes têm sido favorecidos com o atendimento em EMTI. “Temos dois mil estudantes e 200 são atendidos em tempo integral. Eles participam de aulas de música, informática, robótica, horta, língua portuguesa e matemática”, informa a coordenadora pedagógica do CEMEIT, Kátia Nóbrega.

 

Segundo a subsecretária de Educação Integral da SEEDF, Vera Lúcia de Barros, os instrumentos vêm coroar o excelente trabalho desenvolvido na unidade escolar, onde 30 estudantes participam do projeto de música. Tais ações têm refletido no impacto da escola na comunidade e, recentemente, o CEMEIT foi agraciado com o Certificado de Melhor Gestão de Taguatinga.

 

Para a diretora de Educação Integral, Amélia Nakao, o recurso do MEC é fruto de um trabalho coletivo que tem sido realizado em prol da educação. “É um dia de celebração porque resulta de um processo. Aos poucos vamos avançando nesta jornada e os estudantes são, sem dúvida, agentes da mudança”, elogiou Amélia.

 

Patrimônio Cultural do DF

 

Em 2014, a escola foi reconhecida como Patrimônio Cultural do Distrito Federal e, desde as bandas marciais nos anos 1980, têm desenvolvido um trabalho musical exitoso. Neste ano, a banda Meia Lua venceu a 5ª edição do Festival Interescolar de Música de Taguatinga (FIMT) com a música “Cachoeira”, de autoria dos alunos Kayla de Albuquerque e Natã Buriti.

 

Além do prêmio, uma parceria com o Estúdio Social vai proporcionar a realização do sonho de gravar um álbum com quatro composições da banda, um EP (extended play). A gravação é fruto de uma parceria entre o Governo do Distrito Federal, por meio das Secretarias de Desenvolvimento Social, de Cultura e Economia Criativa e da Juventude, e o Instituto Blaise Pascal. Cinquenta bandas, grupos ou músicos serão favorecidos.

 

Para o compositor e instrumentista Natã Buriti, contar com os novos instrumentos musicais motiva os alunos a participarem das aulas de música. “Temos a oportunidade de desenvolver e divulgar nossos talentos por meio da orientação de um professor de música, o que é essencial”, afirma o estudante.

 

Educação Musical

 

Professor Geovanne Santoli: paixão pela educação musical. Foto: Luiz Tavares, Ascom/SEEDF

 

A história do professor Geovanne Santoli com a música vem desde a infância. “Meu pai era músico nos bailes da Bahia, onde morávamos. Aos 10 anos, eu já estudava canto. Quando me mudei para Brasília, passei a me dedicar à música. Leciono desde os 17 anos, o que me motivou a cursar canto lírico na Escola de Música de Brasília (EMB) e, posteriormente, na Universidade de Brasília (UnB)”, conta o professor.

 

O docente se diz motivado pelo contato com os estudantes. “Procuro fazer com que todos, mesmo com experiências diferentes, personalidades e gostos musicais entrem no mesmo ritmo. Considero-me privilegiado por poder mostrar a eles uma vivência de educação musical. Eu não tive na escola essa prática no Ensino Médio. O ensino integral possibilita que eles possam aprender não somente a teoria, mas também a prática”, afirma Geovanne.

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