CED Agrourbano Ipê realizou primeiro festival de curtas da escola
Rossana Gasparini, Ascom/SEEDF
Foi um show de criatividade, enredo, emoção e trabalho em equipe. O I Curta Agro 2018, realizado por professores e pela direção do CED Agrourbano Ipê, revelou, entre os estudantes do 6º e do 7º anos, novos atores, diretores, produtores e cinegrafistas. Durante as aulas de artes com o professor Max Maglen Benitex Albres os alunos produziram 15 filmes curta metragem de até cinco minutos. A apresentação e a premiação dos trabalhos foram realizadas nesta quinta-feira (8), no CED Agrourbano Ipê.
Os curtas tiveram como temas os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Unesco voltados, por exemplo, para a educação de qualidade, saúde, bem-estar, água potável e saneamento. Assim, os estudantes abordaram os assuntos misturando realidade, suspense, drama e terror. Dentre os 15 curtas, pelo menos oito retrataram situações de bullying e suas consequências. Um deles, “O mundo dá voltas” conta a história de uma estudante que, não sabendo lidar com a situação de bullying sofrida na escola, acabou suicidando-se.
Durante a premiação dos curtas, todos os estudantes dos 6º e do 7º anos se reuniram em um cinema montado na própria escola com direito a telão e pipoca, para assistir aos 15 curtas. E teve filme com recorde de aplausos, como o “Vida de Adolescentes”, que também retrata uma situação de bullying, mas, desta vez, com um final feliz: os agressores pedem desculpas e tornam-se amigos do garoto agredido.
O “Vida de Adolescentes” foi o filme mais visualizado no canal do Youtube do CED Agrourbano Ipê e o que mais recebeu curtidas. Por isso, foi o vencedor na categoria Gosto Popular do I Curta Agro 2018. As estudantes Fernanda Ferreira e Danielle Fernandes, ambas com 11 anos e do 6º ano, contam que não foi fácil fazer o filme, mas que o trabalho final surpreendeu o grupo. “Vivenciamos brigas, tristezas e alegrias durante a filmagem do curta. Mas, no final, deu tudo certo e filmar o pedido de desculpas foi bem legal”.
Dois curtas venceram na categoria Júri Técnico, formado por professores do Agrourbano Ipê. O curta “O bullying”, que conta a história de um estudante que abandonou os estudos após sofrer bullying, levou o segundo lugar. O estudante Alvin Nobreza Barros, de 13 anos, conta como foi produzir o filme. “Depois que fizemos todo o planejamento, ficou mais fácil. Escolhemos o tema bullying para mostrar o que alguns alunos passam. Eu já presenciei um colega sofrendo bullying e achei muito assustador”.
O primeiro lugar ficou para o curta “Stela tem poderes”, que traz a mensagem final de que não é necessário ter super poderes para mudar o mundo, incentivando os estudantes a serem pessoas melhores. Para Andressa Maximiano, de 13 anos, que atuou como protagonista e foi também diretora da produção, a filmagem deu trabalho, mas foi divertida. “Fizemos um primeiro roteiro, mas acabamos não seguindo nada dele. Com as orientações do professor, acabamos seguindo com a história da Stela”. A produção conta com imagens de diversos ângulos, close ups e efeitos especiais.
Para o professor Max Maglen, idealizador do projeto, o mais gratificante é ver os estudante interessados pela arte. “Imagine se sair daqui da nossa escola um grande artista para o país? Seria muito bacana. Além disso, temos uma visão ainda muito americanizada do cinema e, por meio desse festival, as crianças puderam conhecer um pouco mais do cinema nacional e valorizar nossa língua”, conta.
Dos 15 curtas produzidos pelos estudantes do Agrourbano Ipê, seis estão concorrendo a prêmios no Festival de Audiovisual da Coordenação Regional de Ensino do Núcleo Bandeirante. E a intenção da diretoria da escola é levar os curtas para outros festivais. “Vamos sempre incentivar esses projetos desenvolvidos pelos nossos professores e queremos que os curtas sejam divulgados ainda mais. Além disso, foi uma forma muito bacana de trabalhar temas que são abordados em sala de aula e ver qual a visão que nossos alunos têm sobre esses assuntos”, explica a diretora Sheila Pereira da Silva Melo.