Secretário de Educação, Leandro Cruz, em reunião virtual com os gestores escolares, informou a decisão
Málcia Afonso, Ascom|SEEDF
A volta das atividades presenciais na rede pública do Distrito Federal está adiada. A decisão foi tomada durante reunião entre o governador Ibaneis Rocha, o secretário de Educação, Leandro Cruz, e o de Saúde, Francisco Araújo. Logo pela manhã, Leandro Cruz fez questão de informar a decisão em primeiro lugar aos gestores das 686 unidades de ensino, durante reunião virtual. O comunicado foi feito também com a presença do secretário executivo, Fábio Sousa. A reação dos gestores foi positiva.
“Depois de levar em consideração que não abrimos mão do nosso rigor em cumprir todos os protocolos da segurança sanitária nas escolas, depois de avaliar cuidadosamente a curva da pandemia nos últimos dias, depois ouvir os gestores e as comunidades escolares, decidimos adiar o calendário”, afirmou o secretário.
Leandro Cruz destacou ainda que “a Secretaria de Educação, o Governo do Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha sempre estiveram sensíveis à situação e preocupados em garantir um retorno presencial das aulas de forma segura”. A possibilidade de adiamento já havia sido sinalizada pelo secretário e pelo governador, que haviam condicionado o retorno ao comportamento da curva da pandemia.
Adiar a retomada das atividades presenciais nas escolas da rede pública foi uma decisão de governo, que envolveu várias áreas do GDF.
À tarde, Leandro Cruz voltou a falar do tema, em coletiva de imprensa, no Palácio do Buriti, transmitida pelas redes sociais da Agência Brasília, na qual integrantes do GDF falaram sobre o combate à covid-19. Participaram o secretário Saúde, Francisco Araújo; o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha; os secretários de Governo, José Humberto Pires, e de Economia, André Clemente; o subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage; e o presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGES-DF), Sérgio Costa.
Ainda não há data definida para o retorno presencial. Continua em vigor o Decreto 40.939, de 2 de julho de 2020, que autorizou a retomada a partir de 3 de agosto, deixando a organização do calendário a critério da Secretaria de Educação.
“Estamos vivendo um momento complexo, uma situação desafiadora, nunca antes imaginada, com esta pandemia, mas não vamos desistir da nossa missão educacional”, disse o secretário, ao parabenizar especialmente gestores de escolas, professores, estudantes, pais e familiares, que estão empenhados em superar esta fase.
Leandro Cruz reiterou que a Secretaria de Educação está realizando todos os esforços para garantir o ano letivo pelo ensino remoto. “Temos o compromisso com o ensino público, gratuito e de qualidade no Distrito Federal.”
O programa Escola em Casa DF, com a plataforma Google Sala de Aula, tem cadastrados 470 mil estudantes e 72 mil profissionais da educação. De 13 de julho, quando o ano letivo foi retomado por meio do ensino remoto, até o dia 17 de agosto, ocorreram 4.384.917 acessos de estudantes e 798.302 por parte de professores.
A Secretaria de Educação também está em processo para retomar as teleaulas. No primeiro momento, priorizou o funcionamento do aplicativo Escola em Casa DF e o acesso à plataforma, que se mostraram exitosos. Agora, a Secretaria está trabalhando nos preparativos para o processo de contratação dos canais de televisão.
Além disto, em breve, os pacotes de internet estarão disponíveis para todos os estudantes e professores. O edital de chamamento público às operadoras de internet móvel foi publicado. A Secretaria de Educação irá pagar este custo, para incluir os estudantes que não têm condições, assim que as empresas se cadastrarem.
Enquanto durar a suspensão das aulas, a Secretaria irá continuar pagando os auxílios mensais da Bolsa Alimentação e Bolsa Alimentação Creche, criadas para garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes. Muitos têm na merenda escolar suas principais refeições.
A Bolsa Alimentação é destinada aos beneficiários do Cartão Material Escolar, cujos pais ou responsáveis fazem parte do Bolsa Família. A Bolsa Alimentação Creche é repassada a toda as crianças matriculadas em instituições de ensino públicas e conveniadas.
“Em primeiro lugar, o nosso compromisso é preservar vidas, como eu já vinha afirmando em todos os meus posicionamentos: que só iríamos retornar as aulas em condições absolutamente seguras”, reiterou Leandro Cruz.
Em agosto, foram empossados 821 novos professores, que reforçam o quadro docente da Secretaria de Educação.
Atualmente, a rede pública conta com mais de 35 mil professores, para todas as etapas e modalidades educacionais.
Os preparativos para a retomada das atividades vão prosseguir, para que as aulas presenciais sejam reiniciadas quando for possível.
As escolas continuam sendo desinfetadas e higienizadas pelas equipes do Sanear DF. Todas precisam estar preparadas para cumprir rigorosamente todos os protocolos de segurança sanitária, tais como distanciamento mínimo, fornecimento de álcool gel, uso de máscaras de proteção facial e aferição de temperatura, entre outros.
A testagem dos profissionais da educação que atuam nas escolas será feita pela Secretaria de Saúde, em data a ser divulgada oportunamente.
“A Secretaria de Educação não para e segue trabalhando nas reformas, melhorias nas escolas e novas obras”, assegurou Leandro Cruz.
No segundo semestre, já são R$ 60 milhões do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF), incluindo recursos da Secretaria e emendas parlamentares.
Em 2020, o contrato de manutenção das escolas prevê investimentos de R$ 28 milhões. Com esses recursos, 204 unidades já foram reformadas ou estão passando por melhorias.
A obra da Escola Técnica de Brazlândia está sendo concluída. Em cerca de 40 dias, será entregue a reconstrução do Centro de Ensino Fundamental 01, da Vila Planalto.
Para o primeiro semestre de 2021, há previsão de conclusão das obras do CEPI no Pôr do Sol e da reconstrução da Escola Classe 52, de Taguatinga.
Há sete licitações em andamento, para a construção das escolas técnicas de Santa Maria e do Paranoá, e de três CEPIs, no Recanto das Emas, Vila Telebrasília e Planaltina. Também estão em licitação as reconstruções da EC 59, de Ceilândia, e do CAIC Carlos Castelo Branco, no Gama.
Estão em fase de ajustes finais para licitação a construção de mais 13 CEPIs e de quatro escolas. Além disto, serão licitadas a reforma do Centro de Ensino Médio (CEM) 10 de Ceilândia e a reconstrução das escolas classe 410 e 415, de Samambaia.