Só vão permanecer no projeto aquelas escolas onde as comunidades aprovarem a parceria entre a Segurança e a Educação. Várias outras escolas desejam participar
A comunidade escolar do CED 7 de Ceilândia vai decidir em votação nesta quinta-feira, 7/2, se deseja ter a gestão da escola compartilhada com a Polícia Militar. A votação será durante o horário de funcionamento da unidade escolar. Vão votar os alunos maiores de 18 anos, todos os pais ou responsáveis com filhos matriculados na escola (um voto por família), professores e servidores.
A escola só continuará no programa das escolas da rede pública que vão funcionar em parceria com a Polícia Militar se a comunidade assim decidir na eleição desta quinta. O secretário de Educação, Rafael Parente, determinou que o projeto só será implantado nas escolas que tiverem o apoio da comunidade escolar.
O assessor especial da Secretaria encarregado pelo projeto, Mauro Oliveira, informa que várias escolas desejam participar e, se houver mudanças, os critérios de escolha serão os mesmos que definiram essas quatro escolas (CEDs 308 do Recanto das Emas, CED 7 de Ceilândia, CED 1 da Estrutural e CED 3 de Sobradinho):
• Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal indicador da qualidade do ensino no Brasil;
• IDH, índice medido anualmente que tem como base indicadores de saúde, educação e renda;
• Mapa da violência local;
• E a estrutura das escolas.
As quatro escolas escolhidas para fazer parte do programa estão passando pelo mesmo processo de escolha. A primeira a dizer sim ao projeto foi o CED 308 do Recanto das Emas, na quarta-feira, 30/1. Pais e responsáveis fizeram um abaixo-assinado com 1.400 assinaturas em apoio ao projeto. A direção da escola e a maioria dos professores também apoiaram o projeto.
Nesta terça-feira à noite o CED 3 de Sobradinho fará a votação com a comunidade escolar. Na manhã de hoje, 50 professores da unidade escolar fizeram uma votação e 36 deles votaram sim à parceria. O CED 1 da Estrutural também fará sua votação nesta terça-feira.
PARCERIA – O custo estimado do convênio entre as secretarias de Segurança e Educação será de R$ 200 mil por escola, ao ano. A verba virá da Segurança, sem custo para a Secretaria de Educação.
As escolas de gestão compartilhada vão exigir mais disciplina dos alunos. Os uniformes serão diferentes, mas gratuitos. Os meninos terão que usar cabelos curtos e a meninas, coque. Cada escola vai receber de 20 a 25 militares. São PMs ou bombeiros da reserva ou que tenham restrição médica para estar nas ruas.
Professores, diretores e orientadores vão continuar cuidando da parte pedagógica. Os militares ficarão com as atividades burocráticas e de segurança, como controle de entrada e saída, horários, filas, além de dar aulas de musicalização e ética e cidadania no contraturno.