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7/08/19 às 17h50 - Atualizado em 6/10/22 às 18h57

‪Centro Educacional nº 1 da Estrutural registra melhora nas notas

Alunos evoluem no desempenho após um semestre de gestão compartilhada, modalidade que desponta com 88% de aprovação em recente pesquisa

 

Renata Moura, Agência Brasília

 

 

Nilze Dasilana. Foto: Acácio Pinheiro, Agência Brasília

Nilzete Ferreira da Silva comemorou, na manhã desta quarta-feira (7), o desempenho escolar do filho de 12 anos, Romário da Silva, aluno da quinta série do ‪Centro Educacional nº 1 (CED 1) da Estrutural. O garoto conquistou médias bem acima das usuais em todas as matérias. No boletim, o registro do último bimestre imprime notas entre 7 e 9,4. Para a mãe, os resultados positivos colhidos no primeiro semestre são frutos da gestão compartilhada entre professores e policiais militares.

 

“Meu filho fez um golaço, e estou feliz demais com essa evolução. Colocaram até foto dele no mural de destaque!”, comemora Nilzete, que trabalha como catadora em uma cooperativa da cidade. “Com a gestão compartilhada, tudo mudou.  A disciplina é bem maior e as crianças estão com mais compromisso com os estudos.”

 

O ponto de vista dessa mãe é senso comum naquela comunidade escolar, assim como nas outras três escolas que vêm passando pela experiência da gestão compartilhada desde fevereiro deste ano. Pesquisa realizada pelo Instituto Exata entre 11 e 12 de junho, com a participação de 925 entrevistados, mostrou a grande aceitação popular pelo novo método de gestão: 88% das pessoas ouvidas aprovaram a medida.

 

Avaliação

 

A consulta mediu ainda o grau de conhecimento da população sobre como funciona, na prática, a divisão de tarefas entre os servidores da Secretaria de Educação (SEE) que cuidam da parte pedagógica e os da Secretaria de Segurança Pública (SSP), responsáveis pela disciplina. De acordo com o estudo, que consultou homens e mulheres com idade entre 16 e 60 anos, 90% conhecem a importância da iniciativa.

Na avaliação da diretora do CED 1 da Estrutural, Stella Acioly, esses números expõem o que a escola vivencia na prática. “Estamos todos muito empolgados; os pais, principalmente, muito satisfeitos”, diz. “Ainda é muito cedo para avaliar profundamente essas mudanças, mas, até agora, o que temos visto é uma evolução muito grande no processo de aprendizagem de todos os alunos”.

 

Famílias

 

A participação familiar no processo educacional do CED 1 também aumentou bastante. “Observamos que os pais estão mais envolvidos, participam na supervisão dos deveres de casa, inclusive, têm vindo mais à escola, para acompanhar de perto a educação dos filhos”, explica a diretora.

 

A percepção da gestora é sentida no dia a dia escolar. Durante a entrega das notas do último bimestre, era comum, além dos pais, a presença de tios e avós dos alunos. “Tive de vir aqui buscar a nota dele, porque a mãe, que é minha irmã, está no trabalho e não pôde vir”, explica Edilaine Ferreira Santos, tia do estudante do quinto ano Lucas Breno.

 

O aluno é outro caso de destaque na escola. No ano passado, Breno viveu momentos de muita indisciplina, com resultados negativos no processo de aprendizagem. “Minhas notas eram apenas na média ou até abaixo”, conta. “Agora, estou mais dedicado. Até ganhei a Gincana da Tabuada”.

 

Evolução

 

A tia materna conta que até em casa o comportamento do jovem mudou: “Está mais tranquilo, dividindo o tempo entre as brincadeiras e o estudo. Sinto que ele está bem mais motivado”. Para ela, a escola ganhou mais segurança, o que é um diferencial a considerar. “Sinto que eles estão mais seguros e isso reflete no dia a dia da escola. O ambiente está melhor para aprender”, acredita.

 

A professora Velva Eloiza Leão é outra que tem avaliação positiva dos resultados obtidos com a gestão compartilhada. “Pelos relatos dos pais e também por meio dos relatórios pedagógicos, vemos que o processo de aprendizagem está evoluindo, e isso é muito importante”, destaca.

 

Para ela, que leciona há 34 anos, o apoio dos policiais no controle disciplinar é algo fundamental. “Nesse tempo todo de educação, não havia vivenciado essa parceria”, lembra. “A gente passava muito tempo chamando atenção da turma e desconcentrava, perdia o rumo da aula”. O que chega para ajudar, ela sabe, é bem-vindo.

 

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