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22/04/19 às 21h36 - Atualizado em 6/10/22 às 18h57

Celso Antunes faz palestra na EAPE

Aldenora Moraes, Ascom/SEEDF

 

Ele não necessita de apresentação. Do alto dos seus 82 anos, o professor e consultor Celso Antunes tem uma biografia invejável. Autor de mais de 180 livros didáticos e de, aproximadamente, 100 obras sobre temas educacionais, o paulista é também membro fundador do movimento Todos pela Educação.

 

Foto: Divulgação

Nesta tarde, autoridades e membros da comunidade escolar do Programa Escola que Queremos assistiram à palestra “Reflexões sobre diferentes maneiras de ensinar, diferentes formas de aprender”, conduzida por Antunes. O evento, cuja iniciativa é da Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação, contou com o secretário de Educação do DF, Rafael Parente, o subsecretário André Lúcio Bento e o diretor pedagógico Simão de Miranda (Eape).

 

Segundo Parente, as unidades escolares que fazem parte do programa Escola que Queremos receberão um olhar especial da pasta. “Este programa é uma das bandeiras da Rede Distrital de Educação. Estamos abertos ao diálogo, não fugimos do debate e sabemos que muitos fatores contribuem para uma escola de excelência. Por isso nos dispomos a fazer tudo o que puder ser feito para que essa seja a realidade de todas as escolas públicas do DF”, afirmou.

 

“O projeto Aprender sem parar tem essa denominação porque acreditamos que não paramos de aprender nunca”, complementou o subsecretário André Lúcio. A iniciativa desenvolve ações integradas de formação continuada, pesquisa e avaliação em todas as etapas da educação básica. Os cursos ocorrerão em polos da Eape nas Coordenações Regionais de Ensino (CRE), com carga horária de 180 horas e término em dezembro deste ano. As aulas, destinadas à educação básica, contarão com a participação de aproximadamente cinco mil professores.

 

Foto: Divulgação

Flávio Brebis, um dos formadores presentes, aguardava ansioso a apresentação de Celso Antunes. “Ele nos traz uma experiência de dentro da escola, como educador, o que contribui para que tenhamos uma visão mais ampliada do que é a educação hoje, no Brasil”, afirmou.

 

A palestra, que foi seguida de um debate entre os presentes, teve início com histórias lúdicas sobre a importância de ensinar. “O professor brasileiro, de maneira geral, ainda não percebeu a dimensão do seu significado, da grandeza de sua ação”, afirmou.

 

Sempre entusiasmado, o professor alertou que não há uma maneira padrão para lecionar. É preciso que haja ações sugestivas, diferentes e criativas. “O ponto de interrogação precisa ser levado para a sala de aula. A aula expositiva é apenas uma das ferramentas para um aprendizado significativo. Há outras ferramentas”, provocou.

 

Quando indagado sobre a disputa injusta entre as tentações eletrônicas do cotidiano e a sala de aula, o professor foi enfático: “é preciso associar o que se ensina ao que se vive. Esta é a dica campeã. Além disso, o professor deve ter a bravura de acreditar que pode mudar a realidade”, ensinou.

 

Para Sidney Claudino, vice-diretor do Centro de Ensino Fundamental 11 de Ceilândia, a palestra superou as expectativas. Grande admirador de Antunes, o professor prestou atenção na ênfase da palestra sobre tornar o estudante um protagonista no processo de construção do conhecimento. “Precisamos sair da zona de conforto e não apenas transmitir o conhecimento, mas construí-lo de maneira coletiva”, concordou.

 

Também estiveram presentes o presidente do Conselho de Educação do DF, Mário Sérgio Mafra, a ouvidora da SEEDF, Evelyne Moura, a subsecretária de Gestão de Pessoas, Kelly Ribeiro e o coordenador regional de ensino de Ceilândia, Marcos Antônio de Sousa.

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