O projeto ajuda estudantes a decidirem a profissão. Nesta sexta-feira, eles vão mostrar os trabalhos realizados nas oficinas realizadas hoje
Aldenora Moraes, Ascom/SEEDF
“O que você vai ser quando você crescer?” pergunta Renato Russo nos versos finais da canção Pais e Filhos. Essa pergunta tantas vezes ouvida por crianças e jovens retrata a preocupação com o futuro profissional. “Quando o ensino médio se aproxima, decidir qual profissão seguir é angustiante”, diz o estudante Vítor Hugo, do 9º ano. Com o intuito de ajudar jovens como o Vítor, de 18 a 20 de setembro, o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 03 do Paranoá realiza o Projeto do Futuro.
Por meio de uma extensa programação, os cerca de 550 estudantes do 8º e 9º anos têm a oportunidade de fazer um teste vocacional, participar de oficinas que ensinem a fazer um currículo, tirar dúvidas sobre programas do governo que auxiliam o ingresso no ensino superior e conhecer as dinâmicas utilizadas nas entrevistas de emprego, bem como a vestimenta ideal. Além disso, podem compartilhar suas angústias e dúvidas sobre as mais diversas profissões.
Egressa da escola pública e figura atuante na comunidade do Paranoá, a pedagoga Raquel Pereira explica que o intuito é despertar os alunos para que reconheçam que, mesmo em uma situação de vulnerabilidade social, é possível sonhar com uma carreira, “mas é preciso começar agora”, destaca Raquel.
Eu tenho que passar no vestibular?
De acordo com a estudante Jamile Sousa, do 9º ano, “a iniciativa de se aplicar o teste vocacional aos estudantes é importante porque muitos ainda não sabem o que desejam ser. Embora eu já saiba, essa oficina serve para abrir a mente de muitos”, explica a futura obstetra. “É preciso que os alunos compreendam a seriedade em se projetar o futuro agora. Não é preciso aguardar o ensino médio”, explica a orientadora educacional Thaline Farias.
Gente de sucesso conta sua experiência
Além das oficinas, os jovens assistiram a uma palestra com ex-alunos de escolas públicas que hoje se destacam em diversos setores da sociedade. É o caso do sargento da Polícia Militar, Luís Carlos Bezerra, que conversou com os alunos. “Eu trabalho na profissão que escolhi e hoje me considero um vencedor. Da mesma maneira, os alunos aqui presentes podem protagonizar o melhor, mesmo em meio a circunstâncias desfavoráveis”, contou o sargento.
Nesta sexta-feira (20/9), à tarde, os estudantes vão apresentar os trabalhos realizados em cada uma das oficinas para o conjunto dos colegas participantes.