Equipe realiza último treino antes das competições, que começam nesta quarta (26)
Por Lívia Barros, Ascom/SEEDF
A equipe paralímpica de atletismo do DF realizou nesta terça-feira (26) um treino especial no Parque Ibirapuera, em São Paulo | Foto: Fernanda Feitoza, Ascom/SEEDF
No segundo dia em São Paulo, a equipe paralímpica de atletismo do Distrito Federal realizou um treino especial no Parque Ibirapuera, um dos cartões-postais da cidade, como preparação final para as competições que terão início nesta quarta-feira (26). Composta por 22 estudantes de 11 a 17 anos, a equipe competirá nas modalidades de corrida, arremesso e salto.
Entre os atletas, destacam-se os irmãos gêmeos Cristopher e Joseth Jesus Alves, de 17 anos, veteranos nos jogos e medalhistas em edições anteriores. Cristopher compartilhou como o atletismo foi fundamental para superar uma depressão severa.
Meu irmão começou no esporte primeiro. Eu vi as conquistas e a transformação na vida dele e quis isso para mim também. O atletismo foi essencial para eu enfrentar a depressão, que hoje está controlada.
Os irmãos gêmeos Cristopher e Joseph Jesus Alves, de 17 anos, são veteranos nos jogos e medalhistas em edições anteriores | Foto: Fernanda Feitoza, Ascom/SEEDF
Os gêmeos, que possuem deficiência visual, são estudantes do Centro de Ensino Médio (CEM) 02 de Brazlândia e treinam desde 2023. Segundo Cristopher, o apoio da família e das treinadoras foi crucial em sua trajetória. “Nossa família nos apoia muito, mas quem mais nos ajuda são nossas treinadoras. Quando não tínhamos nada, elas nos deram calçados e lutaram por novos equipamentos para melhorar nossos treinos no Centro Olímpico“, destacou.
Joseth mencionou sua fonte de inspiração, a irmã mais velha, também atleta e medalhista. “Minha irmã foi atleta e ganhou várias medalhas. Foi por isso que decidi seguir o mesmo caminho“, comentou.
A técnica e professora da Escola Classe (EC) 104 de São Sebastião, Lucimar Neves, que acompanha a equipe paralímpica do DF desde 2017, destacou a importância dos investimentos no esporte paralímpico dentro das escolas. “A base está no treinamento escolar, nos centros olímpicos e regionais. A partir daí, eles participam de seletivas e conquistam vagas em competições nacionais. O contato com as competições transforma o olhar deles sobre o esporte, gerando empoderamento e crescimento pessoal“, explicou.
Na noite da segunda-feira, os organizadores da delegação distribuíram camisetas e squeezes personalizadas do evento para os atletas, auxiliando na identificação durante treinos e competições.
As Paralimpíadas Escolares 2024 são o maior evento esportivo do mundo para crianças e jovens com deficiência. Idealizado e realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o evento deste ano reúne mais de 2 mil atletas, de 11 a 17 anos, representando os 26 estados e o Distrito Federal em 13 modalidades esportivas. A cerimônia de abertura dos jogos acontece nesta terça (26), às 17h30, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, localizado no Parque Fontes do Ipiranga, na zona sul de São Paulo.
