Com projeto criativo, estudantes desenvolvem habilidades para alfabetização após pandemia
Thaís Rohrer, Ascom/SEEDF
Para driblar as defasagens de aprendizado, oriundas do período de pandemia, o Projeto Interventivo para Alfabetização da Escola Classe 31 de Ceilândia aposta em aulas cheias de brinquedos, objetos pedagógicos, massinha e instrumentos musicais. Nelas, as crianças desenvolvem leitura, raciocínio lógico e melhoram diversas habilidades necessárias para a alfabetização de forma lúdica e prazerosa. A iniciativa foi idealizada para recompor as aprendizagens de crianças do 3º ao 5º ano do ensino fundamental, que ficaram defasadas após a pandemia.
“O projeto interventivo é mais do que um reforço porque trabalha para remediar as habilidades que ficaram perdidas pelos estudantes durante o período de aulas on-line. Esse é o momento de intervenção, de resgatar os estudantes para que eles possam sair do ensino fundamental escrevendo e lendo com fluência, sabendo raciocínio lógico e produção textual”, destaca Vanísia Botelho, pedagoga da Equipe Especializada de Apoio a Aprendizagem da EC 31 de Ceilândia. Ela foi uma das idealizadoras do projeto, que foi construído coletivamente pela equipe gestora e pedagógica da unidade.
A necessidade do Projeto Interventivo para Alfabetização já vinha sendo observada desde as aulas on-line. Por isso, a escola desenvolveu a iniciativa para trabalhar com aqueles estudantes com maior índice de defasagem escolar no contraturno das aulas. Os encontros ocorrem duas vezes por semana e têm duração de 1h30.
A dinâmica com brinquedos, massinhas, desenhos e objetos lúdicos se desenvolve ao longo da aula. A partir daí, a criança aprende os conteúdos de forma lúdica e multissensorial, na qual vários sentidos como tato, audição e visão são estimulados.
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As estratégias pedagógicas do projeto trabalham habilidades como segmentação de frases, consciência fonêmica, movimento de escrita, ritmo de leitura, fluência da linguagem, noções de tempo, ritmo, entre outras.
Samuel Ramos, 7 anos, também frequenta as aulas do Projeto Interventivo e se diverte com a forma de estudar. “As aulas são muito legais e divertidas. Eu adoro aprender. A matéria que mais gosto é matemática”, conta o estudante, que está no 3º ano do ensino fundamental.