Quem não tem internet não vai ficar sem aula, basta informar o login com o e-mail @estudante e a senha escolhida para navegar no Google Sala de Aula
Nathalia Borgo, Ascom/SEEDF
Edição: João Alberto Ferreira, Ascom/SEEDF
O programa Escola em Casa DF, elaborado pela Secretaria de Educação para fazer a travessia exigida pela pandemia, vai ter um aplicativo no qual a comunidade escolar aproveita e a Secretaria paga. A partir da semana que vem, os estudantes e os professores podem baixar o app gratuitamente nas lojas da apple Store ou na Play Store. Só é preciso informar o login com o e-mail @estudante e a senha escolhida para navegar no Google Sala de Aula. O app nasceu de uma parceria entre a Secretaria e o Laboratório Avançado de Pesquisa, Produção e Inovação em Software (Lappis) da Universidade de Brasília.
O coordenador do Escola em Casa DF, David Nogueira, informa que a utilização do app pela comunidade escolar depende somente que a Secretaria de Economia, que faz a gestão dessa área, faça a inserção nas lojas (apple Store e Play Store), o que deve acontecer até a semana que vem. Feito isso, é só baixar. A Secretaria investiu R$ 17,6 mil na parceria com o Lappis. David informa que o único pré-requisito para o acesso ao app é ter um chip ativo. Quem já estava conectado ao Google Sala de Aula também deve baixar o app para ter acesso ilimitado ao conteúdo do Escola em Casa DF.
“Do ponto de vista da funcionalidade, o aplicativo é uma interface. Seu objetivo é atender aqueles estudantes sem computador ou acesso à Internet com uma franquia baixa de conteúdo”, esclarece a professora do Lappis da UnB Carla Rocha, acrescentando que “o GDF achou uma maneira inteligente de viabilizar o acesso remoto à educação”.
A partir do app será possível acessar todos os conteúdos e links centralizados e postados gratuitamente no Escola em Casa DF. Por exemplo: se o professor publicar um vídeo do Youtube como sugestão para complementar a aula, o aluno vai poder clicar e assistir gratuitamente. Não vale acessar site externo. Fora da plataforma, os dados serão cobrados do próprio estudante, responsável ou professor. Além disso, o app vai facilitar a conexão 0800 à plataforma Google Sala de Aula.
A equipe Lappis criou um dashboard em que serão apresentadas as métricas e os indicadores de acessos ao Escola em Casa DF. “Isso proporciona uma grande transparência ao programa porque gera uma contraprova na fatura e confirma a quantidade de gastos do governo. A solução envolve desde o app em si até a gestão das políticas públicas relacionadas ao ensino em casa”, analisa a professora da UnB.
As tratativas entre a UnB e a Secretaria começaram em abril, mas alguns desafios tecnológicos precisaram ser superados para garantir a segurança dos dados dos estudantes, seus familiares e dos professores. A equipe testou amplamente o app para um lançamento seguro.
Tendência mundial, o aplicativo do Escola em Casa DF é um software open source. Beneficia os estudantes, mas pode ultrapassar limites e fronteiras, beneficiando também alunos e escolas de outras regiões, porque seu código-fonte pode ser adaptado como interface também para outras plataformas, além de não possuir custo de licença.
Todo o código-fonte do app está disponível para que qualquer pessoa ou instituição possa acessar e colaborar com mais informações e inovações. O que, consequentemente, também continuará acessível, de forma gratuita, para aqueles que buscam uma solução para o ensino mediado.