Guilherme Marinho, Ascom | SEEDF
Nesta quarta-feira (16), cerca de 25 estudantes do 5° ano da Escola Classe 45 de Taguatinga receberem a visita de servidores da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis). O encontro é resultado da parceria da Agefis com a Secretaria de Estado de Educação do DF (SEEDF) e busca fornecer informações sobre a atuação da agência para conscientizar e sensibilizar a comunidade das escolas públicas do DF.
O projeto educativo preventivo é voltado apenas paras os alunos do 5º ano, uma vez que é nesse momento que os jovens recebem de maneira mais incisiva conteúdos ligados à cidadania. Até o momento, seis unidades de ensino público do DF já receberam a palestra da Agefis – três de Taguatinga e mais três de Ceilândia. Em novembro de 2017, quanto nasceu o programa, o local escolhido para ser o piloto da iniciativa foi a Escola Classe 1 do Incra 8, em Brazlândia. “Na primeira escola, os meninos já queriam fazer parte da Agefis. A receptividade tem sido excelente”, lembra a auditora fiscal Ana Paula Paranhos.
O trabalho começa com uma brincadeira, uma espécie de bingo. No jogo, os estudantes entrevistam quatro colegas de classe para identificar o que cada um gosta e não gosta na cidade. Muitos revelaram apreciar praças e parques, mas a maioria concordou que o lixo nas ruas é uma das coisas que mais desagrada. A partir dessa atividade, a agência aborda outros assuntos. “Na escola, observamos se há coleta seletiva. Caso não tenha, já fazemos a proposta de mudança dentro da sala de aula. Dessa forma, incentivamos o estudante a ser um multiplicador na comunidade”, explica a servidora da Agefis.
A cidadania e os temas que a permeiam como direitos e deveres, noções de limite social, equidade e do que se pode ou não se pode fazer, respeitando o espaço do próximo e os espaços públicos, também integram tudo o que é ensinado em sala de aula no dia a dia e ganham reforço com as palestras ministradas pela Agefis. Entre os temáticas trabalhadas estão as atribuições e contribuições da agência como o combate ao comércio irregular, à construções irregulares e à grilagem de terras públicas, bem como a retirada de entulhos e lixo descartados em locais indevidos, acessibilidade, verificação de faixas e placas instaladas em locais públicos, monitoramento do DF com uso de drones, a apresentação do aplicativo da agência para denúncias e a desobstrução da orla do Lago Paranoá.
Os pequenos ainda aprenderam como deve ser feito a separação dos lixos seco e orgânico, e descarte de resíduos especiais (pneus, lâmpadas fluorescentes, medicamentos, entre outros).
Durante a palestra, foram mostradas fotos de locais com lixo espalhado próximo às escolas. Imediatamente a plateia interessada identificou a região. Miguel Souza, de 9 anos, já sabe o que fazer para contribuir com a comunidade, “ajudo a todos e ao meio ambiente catando o lixo da rua”, disparou o jovem multiplicador.
Para a professora Deane Cardoso, a visita da Agefis veio para somar. “Aproveitamos diversos assuntos que já tratamos em sala de aula como a questão do meio ambiente, ecologia, reciclagem, cidadania, o próprio contexto da cidade de Taguatinga e do DF como um todo. Conseguimos, inclusive, levar para os alunos tópicos como impostos e ocupação de terras de uma forma interdisciplinar e também na produção de textos”, atesta a educadora.
Ao final, todos os participantes receberam o certificado e distintivo de fiscal mirim da EC 45 de Taguatinga. Ícaro de Oliveira sabe o que fazer agora que também se tornou um fiscal. “Aprendi que tem que separar o lixo orgânico e o seco. Que não pode construir casa irregular e, se construir, vai pagar multa. Agora vou ver onde vai ter lixo e ver se tem casa irregular”, avisa o estudante de 9 anos. Pedro Augusto, 10 anos, tem consciência que a natureza é importante e deve ser preservada, para isso o recado do garoto é claro: jogar lixo no lixo e ajudar aos amigos. Vou ficar de olho nas construções que não tem autorização”, garantiu o aluno do 5° ano.
O próximo passo do Agefis nas Escolas será percorrer 13 escolas classes de Brazlândia que demonstraram interesse em receber as orientações.