Oficinas de leitura e visitas de escritora nas escolas estimulam prática e debates sobre cidadania
Thaís Rohrer, Ascom/SEEDF
A leitura estimula a imaginação, o desenvolvimento da escrita e pode levar estudantes a conquistarem os mais desejados patamares de sucesso na vida. Os professores sabem disso e incentivam que as crianças da Escola Classe 1 de Sobradinho leiam. Nesta semana, eles receberam a visita especial da escritora Dinorá Couto, que fez uma oficina “A Arte de Ler e Criar” com alunos no local.
Kethlen Lorraine, de 9 anos, está no 5º ano e ficou encantada com a oficina. “Eu adoro ler e conhecer uma escritora foi algo muito emocionante. Me incentivou a continuar aprendendo muito no mundo dos livros”, conta.
Os estudantes ficaram animados por receberem o certificado de participação no projeto/oficina, que contou com o lançamento do livro E eu sou isto, vovó?. “Para muitos deles foi um marco o momento por ser o primeiro certificado que receberam na vida. Foi lindo participar desse momento!”, frisa a escritora.
“Foi muito interessante a oficina e a visita da Dinorá para desmitificar a visão que muitos tinham de que o escritor é uma figura inatingível. A experiência só enriquece o trabalho que já é desenvolvido na escola”, destaca o diretor da EC 1, Reginaldo Fonseca.
Durante a oficina, os estudantes também tiveram oportunidade de debater temas ligados à cidadania nas suas mais diversas manifestações no dia a dia. A proposta é que as crianças multipliquem essas informações entre os colegas e com familiares.
O projeto “A Arte de Ler e Criar” já visitou estudantes do Itapoã, Riacho Fundo e Samambaia. Ele continuará as atividades em escolas e bibliotecas públicas do DF. No dia 15 de maio, haverá um evento no Teatro da Praça (Taguatinga) para apresentar as contribuições de estudantes do DF que foram coletadas nessas oficinas.
Os estudantes da EC 1 leem uma média de 90 obras por ano com o projeto de leitura que a própria escola oferece. Cada turma recebe uma caixa recheada de livros para partilhar em sala de aula com títulos de autores brasileiros. Os alunos mais ávidos também podem buscar novas opções na biblioteca da escola.
Shirlene Emídio é supervisora pedagógica da EC 1 e vê a importância da leitura a partir do exemplo vivenciado em casa. ”Minha filha hoje tem 28 anos de idade e escreve maravilhosamente bem. Ela estudou nessa escola inclusive, e sempre foi incentivada a ler. A leitura trouxe reflexos positivos em várias áreas da vida dela”, afirma.