Cerimônia marcou encerramento do ciclo 2023 do projeto no qual alunos aprendem lições de honestidade
Gizella Rodrigues, Ascom/SEEDF
Integridade e honestidade são lições que devem ser aprendidas na escola. Esse foi o principal pilar destacado na tarde desta segunda-feira (27) na cerimônia de encerramento do ciclo 2023 do projeto NaMoral, um programa inovador que visa cultivar valores de integridade entre os estudantes das escolas públicas do Distrito Federal. Na cerimônia, também foram premiadas as 24 unidades de ensino que participaram da quarta edição da iniciativa.
Em 2023, o ciclo do NaMoral, uma parceria entre o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Secretaria de Educação do DF, começou em março. Ao longo do ano, foram propostas seis missões que levaram os cerca de quatro mil alunos matriculados nas 24 escolas participantes do projeto a refletirem sobre corrupção, honestidade, integridade individual, coletiva e altruísta, na autorresponsabilidade, ética e na compreensão do poder das pequenas escolhas para interromper os ciclos da corrupção.
Na ocasião, a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, anunciou que pretende elaborar um projeto de lei para ser encaminhado à Câmara Legislativa para trasnformar o NaMoral em uma política de estado. “Eu me emociono quando vejo um projeto como esse. Não queremos que ele seja apenas um projeto de um governo, mas um programa de estado. Quero deixar aqui o meu agradecimento aos professores da rede. Não adianta ter o melhor programa do país, sem profissionais de qualidade. Sem professor, não temos uma educação pública de qualidade”, ressaltou.
Ao longo do ano, seis missões levaram os estudantes a refletirem sobre o tema proposto. Na primeira delas, eles foram desafiados a elegerem um super-herói representando a escola. No Centro de Ensino Fundamental (CEF) 01 da Candangolândia, os alunos elegeram o colega Matheus Moreira, um aluno cadeirante que, apesar de ser atleta, enfrenta muitas dificuldades no dia-a-dia pela falta de acessibilidade. Também foi proposta a restauração de um espaço coletivo.
Outra missão feita pelas escolas foi o “Pegue e Pague”. A escola disponibilizou uma variedade de produtos a cada dia da semana, como pipoca ou geladinhos, em uma caixa de fácil acesso durante o recreio. Os estudantes podiam simplesmente pegar um geladinho ou uma pipoca, saboreá-los e, se desejassem, deixar o valor correspondente em uma caixa de pagamento honorário. Não havia câmeras de segurança, funcionários supervisionando ou cobrando valores. A responsabilidade recai sobre os ombros dos próprios estudantes
Cada escola participante do NaMoral foi reconhecida e premiada com troféus nas categorias Diamante, Safira e Ametista, dado em reconhecimento à pontuação obtida nas missões realizadas ao longo do ano letivo. Esta distinção reflete o comprometimento e excelência demonstrados por cada instituição na promoção dos princípios do NaMoral. A premiação destacou os desempenhos notáveis de cada escola, proporcionando um momento de celebração e reconhecimento.
O Centro de Ensino Fundamental (CEF) 33 de Ceilândia participou pela primeira vez do NaMoral e o estudante Davi Gomes Marinho, 14 anos, aprendeu a respeitar o próximo. “Não posso fazer com os outros o que não quero que façam comigo”, disse. O estudante José Andreoli, do Centro Educacional Vargem Bonita, conta que ele e os colegas entenderam que a corrupção começa desde a infância, com atos como furar a fila. A partir disso, eles elegeram os três valores principais para combater a corrupção: além da humildade, a responsabilidade e a honestidade.
Para a promotora de Justiça e idealizadora do NaMoral, Luciana Asper, “este momento de celebração é uma parte valiosa de todo o processo de aprendizagem e sedimentação dos comportamentos íntegros e virtuosos”. “Um dia sonhamos com um país mais próspero, justo e livre da corrupção. Agora estamos construindo isso de forma sustentável, investindo nas pessoas que irão atuar nas instituições e tomar decisões pelo nosso país. Todos os envolvidos nas experiências valorosas realizadas ao longo do ano letivo merecem reconhecimento e aplauso. Estes marcos fortalecem também a parceria em que o Ministério Público pode servir a educação e atuar de forma preventiva, promovendo e fortalecendo a fruição de direitos na origem, antes deles serem violados”, destacou.
Leia também
O projeto utiliza ferramentas inovadoras, principalmente de gamificação, que transformam o processo de aprendizagem em um jogo. Ao refletir sobre o impacto das ações diárias, visa desenvolver uma consciência crítica nos jovens, capacitando-os para fazer escolhas alinhadas aos valores que defendem e ao mundo que desejam para si mesmos.
Escolas Participantes em 2023
Centro de Ensino Fundamental 33 de Ceilândia
Centro de Ensino Fundamental 25 de Ceilândia
Centro Educacional Gesner Teixeira
Centro de Ensino Fundamental Ponte Alta Norte – PAN
Centro de Ensino Fundamental 03 de Brazlândia
Centro de Ensino Fundamental 10 do Guará II
Centro de Ensino Fundamental 02 do Guará
Centro de Ensino Fundamental 04 – Guará I
Centro de Ensino Fundamental 08 do Guará
Centro Educacional 02 do Riacho Fundo I
Centro de Ensino Fundamental 02 do Riacho Fundo 02 (Lobo Guará)
Centro de Ensino Fundamental 01 da Candangolândia
Centro de Ensino Fundamental 03 de Planaltina
Centro de Ensino Fundamental 04 de Brasília
Centro de Ensino Fundamental 01 de Brasília
Centro de Ensino Fundamental 03 de Brasília
Centro de Ensino Fundamental 404 Samambaia
Centro de Ensino Fundamental 07 de Sobradinho
Escola do Parque da Cidade (PROEM)
Centro de Ensino Fundamental 102 Norte
Centro Educacional 11 Ceilândia
Centro Educacional Vargem Bonita
Centro Educacional 308 Recanto das Emas
CEMI Gama