Recursos têm melhorado as escolas da rede pública de ensino, como Escola Parque da Natureza e Esporte
Soraia Cantanhede, Ascom/SEEDF*
Escola Parque da Natureza e Esporte, no Núcleo Bandeirante, ampliou a cobertura das duas quadras esportivas, aumentando a segurança e o conforto dos alunos. Com essa melhoria, as atividades podem ocorrer até em períodos de chuva. | Foto: André Amendoeira, Ascom/SEEDF
Os recursos do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF) têm melhorado as escolas públicas do Distrito Federal. No primeiro semestre deste ano, cerca de R$ 100 milhões já foram destinados para a aquisição de equipamentos ou obras em diversas escolas da rede de ensino.
A Secretaria de Educação do DF descentralizou R$ 54 milhões do PDAF ordinário e R$ 45 milhões de emendas parlamentares. O dinheiro foi repassado às escolas por meio de portarias publicadas entre janeiro e julho no Diário Oficial do DF (DODF).
Os aportes podem chegar de duas formas aos gestores escolares: a primeira, é pela previsão na lei orçamentária anual (LOA); a segunda é por meio de emendas parlamentares, que são destinadas pelos deputados distritais para as escolas e Coordenações Regionais de Ensino e, ao longo do ano, os recursos são utilizados conforme necessidade da unidade escolar.
Os valores descentralizados em 2023 incluem recursos tanto de capital quanto de custeio. Capital normalmente é utilizado para compra de bens ou para obras, como aquisição de computadores e coberturas de quadras de esporte. A verba de custeio serve para compra de materiais pedagógicos e reformas em geral.
“A intenção é que essa verba atenda a comunidade como um todo e, principalmente, dê autonomia e respeito ao que a comunidade deseja para a unidade escolar. Como eles vivem lá, no dia a dia, sabem mais do que ninguém o que estão precisando naquele momento”, detalha o diretor do Pdaf, Carlos Chiodi.
Uma das instituições contempladas com os recursos do PDAF foi a Escola Parque da Natureza e Esporte, localizada no Núcleo Bandeirante. A unidade, inaugurada em março de 2022, recebe cerca de dois mil alunos do 1º ao 5º ano, crianças com idades de 5 a 10 anos, de escolas vinculadas à Coordenação Regional de Ensino do Núcleo Bandeirante, que, além das unidades da cidade, inclui escolas da Candangolândia, Park Way, Riacho Fundo e Riacho Fundo II.
A Escola Parque da Natureza e Esporte é uma escola destinada para atividades extracurriculares no contraturno escolar. Tem piscinas, vestiários, pista para prática de skate e campos de futebol. Com R$ 190 mil que recebeu, a direção ampliou a cobertura das duas quadras esportivas, aumentando a segurança e o conforto dos alunos. Com essa melhoria, as atividades podem ocorrer até em períodos de chuva.
“A escola tem poucos lugares cobertos. Até tinha cobertura, mas quando chovia não adiantava nada. Quando chovia, os pais tinham que buscar os alunos, ou acabavam não mandando para as aulas. Fechamos as laterais e fizemos um murinho. A ideia é que agora a água não entre na quadra”, conta a diretora da Escola Parque da Natureza e Esporte, Aline Protta lanna Gomes.
“O PDAF é fundamental para a escola funcionar. Ele tem nos ajudado a dar melhores condições de trabalho aos professores, com a compra de novos materiais pedagógicos; e as adequações dos espaços, dando segurança à comunidade, além de conseguir realizar melhores atividades com os alunos, por conta da revitalização feita. É difícil desenvolver e dar continuidade a um projeto de qualidade se não tivermos os recursos dessa verba”, pontuo a diretora.
A unidade oferta atividades nas áreas de música, teatro, dança, artes visuais e educação física. Cerca de 80 funcionários, entre servidores, funcionários terceirizados e educadores voluntários ajudam a manter toda a estrutura e atividades que são desenvolvidas.
A piscina, a grande alegria das crianças, agora tem recurso para manutenção anual, o que permite seu uso durante todo o ano escolar. Outra novidade, feita com os recursos do PDAF, foi a revitalização da horta e do campo de futebol, que teve a grama restaurada
Gabriel Felipe Almeida tem 10 anos e está no 5º ano escolar. Ele conta que, dentre as atividades ofertadas, a que ele mais gosta é a horta e usar piscina.“Eu gosto de tudo aqui, dos professores, de jogar bola, das aulas de artes, do lanche. Mas o que eu mais gosto é de ir para horta, lá eu posso cuidar das plantas”, diz.
Gabriel Felipe Almeida gosta de cuidar das plantas na horta da escola. | Foto: André Amendoeira, Ascom/SEEDF
Por meio do programa de descentralização, os 1.320 alunos do Centro de Ensino Médio (CEM) de Taguatinga Norte ganharam uma reforma completa nas estruturas da escola. Somente em 2023, a unidade recebeu aproximadamente R$ 140 mil para a aquisição de equipamentos e eventuais obras de melhorias, sendo R$ 90 mil do Pdaf ordinário somados a R$ 50 mil de emendas parlamentares.
Com o valor, também foi feita a reforma dos banheiros masculino e femininos e adquiridos alguns equipamentos. “Entre 2022 e 2023, foi feita uma reforma na escola inteira. Colocamos ares-condicionados em sete salas de aula, compramos novos materiais pedagógicos e fizemos uma reforma nos banheiros feminino e masculino, com porcelanato e espelho de corpo inteiro para as meninas, por exemplo”, afirma o diretor do CEM, Harryson Rodrigues Lima.
Além disso, os recursos obtidos pelo programa também serviram para a aquisição de equipamentos tecnológicos aliados no aprendizado efetivo dos alunos. “Colocamos fibra óptica em toda a escola, smart TVs e projetores. Essas facilidades ajudam o professor a ministrar uma aula. Antes ele gastaria em torno de duas aulas para escrever manualmente no quadro, enquanto que usando uma projeção ele faz isso em 30 minutos”, explica.
As reformas também foram bem-avaliadas pelos alunos do CEM de Taguatinga Norte, que comemoraram as melhorias feitas no ambiente escolar. “As reformas ajudaram bastante. A principal foi a do banheiro, porque estava com vários problemas e agora não tem mais. As salas de aula estão mais equipadas também, o que tem facilitado bastante, tanto é que os professores estão explorando as novas formas de aprendizagem e melhorando cada vez mais na educação”, compartilhou a aluna Ester Ferreira, 16 anos.
A Escola Classe 21, no Gama, responsável por acolher cerca de 300 alunos, também recebeu inúmeras intervenções com os investimentos financeiros do governo. “Fizemos pagamentos de alguns itens de papelaria e adquirimos gás de cozinha. Também fizemos um estacionamento, reforma na quadra de esportes, melhorias no parquinho, adaptamos a estrutura de rede lógica para recebimento de internet de melhor qualidade”, elenca a diretora da unidade, Cida Serpa.
O objetivo do PDAF é promover a autonomia das escolas, contribuindo com a melhoria da qualidade de ensino e o fortalecimento da gestão democrática.
Os recursos, além daqueles destinados diretamente para despesas das escolas e CRE’s, viabilizam o pagamento dos Educadores Sociais Voluntários e iniciativas como os Jogos Escolares.
*Com informações da Agência Brasília
