A inclusão está em fase de estudos para levar em consideração a capacidade de produção dos alimentos
Ícaro Henrique, Ascom/SEEDF
Buriti, Gabiroba, Jatobá, Umbu, Cagaita e Pequi são alguns dos frutos nativos do Cerrado que poderão ser vistos em algumas das receitas da alimentação escolar da rede pública de ensino do Distrito Federal em 2023. O cardápio dos estudantes vai ganhar novos ingredientes após ser sancionada, nesta semana, a lei nº 7.228, que inclui frutos e produtos nativos do Cerrado entre os alimentos a serem adquiridos da agricultura familiar para compor a merenda escolar.
“A escola é um ambiente no qual as crianças encontram a possibilidade de desenvolver o paladar para novos sabores, então é o lugar certo para inserirmos esses alimentos. As frutas serão incluídas nos cardápios das escolas ainda em 2023 para que as crianças possam conhecer essa riqueza pertencente ao nosso Cerrado”, destaca a Secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá.
A diretora de Alimentação Escolar da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), Alda Ramos, explica que a inclusão dos novos itens está em fase de estudos junto aos produtores da agricultura familiar para levar em consideração a capacidade de produção e fornecimento dos alimentos.
O estudo é feito em conjunto com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Os órgãos vão se reunir na próxima semana para tratar da aquisição dos orgânicos e também dos frutos do Cerrado.
A diretora ressalta que a inclusão de frutos e produtos oriundos do Cerrado vai ao encontro do trabalho que já é feito pela SEEDF com a aquisição de produtos da agricultura família. Ela ainda destaca a importância do consumo desses alimentos em relação ao valor nutricional. “A incorporação dos novos alimentos fortalece os hábitos alimentares, permite que os alunos conheçam mais o bioma do Cerrado e possibilita o resgate da cultura alimentar no ambiente escolar”.