Estudantes do projeto Jovens Líderes participaram durante seis meses de ações de liderança no ambiente escolar
Ícaro Henrique, Ascom/SEEDF
Durante seis meses, cerca de 170 alunos de escolas públicas do DF, se reuniram com o propósito de diminuir a violência e promover a cultura de paz no ambiente escolar. Eles fazem parte do Projeto Jovens Líderes pela Paz, ação idealizada pela Comissão para Paz nas Escolas da Secretaria de Educação, que nesta sexta-feira (16), fez a entrega de certificados de premiação para os alunos.
O evento contou com a participação de professores e representantes das Regionais de Ensino do DF, além de pais, ex-alunos e alunos das oito escolas participantes do projeto. Antes da entrega dos certificados, os estudantes falaram sobre os desafios e objetivos do projeto.
“O projeto surgiu num momento muito delicado, em que, após a pandemia de Covid-19, os estudantes tiveram de enfrentar os desafios de saúde mental. Alguns estavam com dificuldade na socialização, o que refletiu em muitos casos de violência nas escolas”, conta o ex-aluno e idealizador do projeto Jovens Líderes pela Paz, Eduardo Vasconcelos.
A estudante Ramyne Fernandes, 16 anos, aluna do segundo ano do Ensino Médio no CEM 01 de Planaltina, explica as atividades desenvolvidas pelo projeto. “Eu gostei da liberdade de expressão que tivemos para criar outras atividades na escola. Nós criamos caixas e as espalhamos pela escola para arrecadar alimentos”. Já o amigo de sala, Samuel dos Santos, 15 anos, conta como era a escola antes do projeto.
“Nossa escola era muito mal vista, pois havia muitas brigas, consumo de drogas e, na nossa sala mesmo, alguns alunos raramente frequentavam as aulas. Isso era ruim, mas o projeto vem nos ensinando e nos motivando a não desistir dos estudos”, explica.
Formação
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“O projeto, além de vitorioso para a Secretaria de Educação, tem uma característica muito importante por ter nascido de um aluno da rede. Nasce de uma forma espontânea e orgânica e foi conquistando o espaço nas escolas, justamente porque ele trabalha diretamente o protagonismo e pertencimento do aluno e isso é bastante significativo para eles”, explica Tony Marcelo, presidente da comissão do Plano de Urgência pela Paz nas Escolas.
Para 2023, Tony diz que a meta é fazer com que o projeto chegue para todos os estudantes da rede. “O objetivo é oportunizar para que todos os estudantes da rede pública tenham acesso a esse protagonismo estudantil, pois percebemos que o fator necessário de evolução na educação está no pertencimento do aluno na escola. A Secretaria de Educação vai apostar diretamente na educação para paz tendo esse projeto como carro chefe”, disse.