Thaís Rohrer, Ascom/SEEDF
A jornada pelo conhecimento e superação teve um ponto alto para os 225 estudantes premiados na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), nesta quarta-feira (5 e julho), na cerimônia no Cine Brasília.
Os alunos premiados ultrapassaram uma concorrência de 18 milhões de pessoas de todo o país até conquistarem as medalhas de ouro, prata ou bronze. Foram duas etapas de provas, uma objetiva e outra com questões abertas. As aplicação dos certames ocorreu em 2017 .
Gabriella dos Santos conquistou a medalha de ouro quando estudava no Centro de Ensino Fundamental Caseb. “Eu adoro matemática e esse processo das provas foi super tranquilo, mas não esperava ficar tão bem classificada. Hoje é um momento de reconhecimento”, conta a estudante que sonha cursar medicina. Só de medalhistas de ouro, foram oito estudantes da rede pública de ensino.
A Obmep está na 13º edição, que pela primeira vez reuniu também estudantes de escolas privadas. “Hoje é dia de enaltecer esses estudantes que encaram o desafio e conquistaram esses prêmios. Nessa edição teve o aumento de quatro vezes no número de medalhistas de ouro que são estudantes da rede pública de ensino”, destaca o secretário de Educação do DF, Júlio Gregório Filho.
“Esse é um momento de alegria por um projeto exitoso de educação com estudantes e professores. Desejo que as escolas continuem essas ações de sucesso na rede pública. Nossos alunos são brilhantes”, completa Luciana da Silva, subsecretária de Educação Básica da SEEDF.
“É gratificante e bem simbólico essa premiação. É uma recompensa pelo esforço”, resume o estudante do Centro de Ensino Médio 9 de Ceilândia Gabriel Medeiros, minutos antes de receber a medalha de bronze. O pai de Gabriel, Edvaldo Costa, mostrava o orgulho do filho: “Ele mereceu porque se dedicou. Matemática sempre foi a matéria preferida dele. Que esse dia seja um incentivo para ele ir ainda mais longe”.
“Temos que sempre parabenizar os professores e pais dos estudantes que dão todo o suporte para esses meninos brilharem. Todos são vencedores”, afirma Reginaldo Abreu, coordenador da Obmep no DF.
A Obmep também premiou 20 professores e 19 escolas pelo trabalho desenvolvido na área de matemática. Ana Paula Lima desenvolveu um projeto de preparação com estudantes no Centro Educacional São José para as olimpíadas e percebeu o potencial desses estudantes. “Esse prêmio é um incentivo maravilhoso para os alunos e vemos que há muitos que são super comprometidos. A maneira como as questões da Obmep são cobradas vão além de uma matemática básica, pois trabalham criatividade e raciocínio lógico”, afirma a professora de matemática da SEEDF, uma das homenageadas no prêmio.
A proposta da Obmep é incentivar caminhos que ultrapassem a matemática, como o desenvolvimento nas áreas de ciência, tecnologia e educação. O projeto tem abrangência nacional com vários órgãos em conjunto: Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), Ministério da Educação e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
“Eu fui coordenador da 1º e 2º edição da Obmep e sei da importância desse projeto. Tenho um enorme apreço pelas olimpíadas e espero que os estudantes vejam o prêmio como um estímulo para todos avancem e se tornem grandes profissionais”, frisa o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg.